Problema já abordado em várias matérias publicadas por A VOZ DA SERRA, o estreitamento de parte da estrada da antiga linha férrea vem preocupando moradores da Ponte da Saudade. O trecho em questão está situado às margens do Rio Santo Antônio, no lado oposto da RJ-116 (km 78), e já foi alvo de uma série de queixas da comunidade devido ao alto risco de acidentes. “A cada dia que passa a situação se agrava”, afirma o presidente da associação de moradores do bairro, José Roberto Pacheco Folly.
A causa do estreitamento, segundo José Roberto, foi o deslocamento de uma soqueira de bambu para o leito do rio, o que tem feito com que as águas escavem a margem e causem a erosão do barranco, que está desmoronando. Por conta disso o trecho está cada dia mais obstruído e só permite a passagem de um veículo por vez. Para agravar ainda mais a situação, quem passa pelo local não sabe do risco que está correndo porque não percebe as condições precárias da pista. “Por cima está só com uma capa. A qualquer momento essa rua pode vir abaixo e se alguém estiver passando pode cair dentro do rio e até haver mortes ali”, alerta o presidente da Amaps.
Cansados de esperar por melhorias que nunca chegam, moradores das imediações improvisaram uma nova sinalização no local para chamar a atenção de motoristas, ciclistas e pedestres para o risco que estão correndo. Mesmo feito de forma precária com um saco de ração, o alerta revela a apreensão da comunidade para o perigo do trecho, muito utilizado por praticantes de caminhadas, corridas, ciclistas e até mesmo como alternativa à RJ-116.
A associação de moradores também alerta que em caso de uma queda maior da margem do rio poderia haver um bloqueio total da antiga linha férrea, com sérios prejuízos para o município. Vale lembrar que a grave situação ainda é decorrente da catástrofe climática de 2011 e já foi mostrada em várias reportagens de A VOZ DA SERRA, como a publicada em janeiro passado. Na ocasião, a superintendente do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea) em Nova Friburgo, Margarete Nacif, informou que a limpeza do rio e a retirada dos bambus é atribuição da Prefeitura, bem como as obras de contenção da pista, por se tratar de uma via municipal.
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