A cada ano, a parafernália aumenta, e assim tem sido sucessivamente. Notebooks, tablets, smartphones, celulares entre outros aparelhos, tudo conectado a uma rede mundial sem fronteiras. Parece a receita perfeita para um povo desenvolvido que evoluiu e enfrenta com mais preparo os desafios do tempo. Parece, mas não é.
A comunicação em tempo integral não previa tantos danos à saúde mental, que tem levado a considerar algumas pessoas como “viciadas”. Ansiedade, depressão, irritação e calafrios são sintomas comuns desse grupo de risco. O vício na internet é a nova psicopatologia que ainda não constam nos livros. Pelo menos por enquanto.
Há trabalhadores de todos os setores, de empresários a donas de casa, já sendo tratados em clínicas para dependentes químicos, para curar-se do vício na internet. São pessoas totalmente dependentes das conexões virtuais.
O vício tem levado usuários a perder o emprego, desfazer casamentos e ficar com a saúde abalada. Tudo começa com a simples curiosidade e/ou mesmo pela necessidade de ter que recorrer ao computador para se corresponder com os outros.
Logo as pessoas estão usando a internet para fazer pesquisas, se comunicar com parentes e amigos, fazer consultas, se informar. Em seguida, passam a frequentar blogs, chats, para, inevitavelmente, ou mesmo simultaneamente, aderir às redes sociais, como o imbatível Facebook. E aí, se o usuário não controlar o tempo que quer ficar conectado, postando, curtindo, batendo papo, é a rede que vai controlar o seu tempo e levá-lo a passar madrugadas inteiras naquele mundo virtual. E esquecer que existe vida lá fora, um mundo real para ser vivido.
Nesta altura, a dependência já é um fato e o distúrbio começa a dar sinais. Com o aprofundamento da doença, tal qual uma droga o usuário quer cada vez mais. A dependência da internet é total e o celular é a ferramenta ideal para manter o usuário plugado o tempo todo.
O vício pode ser considerado com sintomas para além de ‘um viciado’, pois o que mantém o usuário 100% conectado são as pessoas e as redes sociais. As quais são responsáveis por várias outras patologias como narcisismo (graças à exibição na rede, principalmente com a febre das selfies), rejeição (pelo reforço que os amigos não deram) e o consequente isolamento.
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