Tradição de montar o presépio ainda é mantida em várias igrejas da cidade

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Tradição de montar o presépio ainda é mantida em várias igrejas da cidade
Tradição de montar o presépio ainda é mantida em várias igrejas da cidade

Flávia Namen

Uma das mais antigas formas de caracterização do Natal, o presépio vem sendo substituído em muitos lares pela variedade de artigos natalinos que a cada ano surgem no comércio. A tradição, entretanto, continua sendo mantida em várias igrejas de Nova Friburgo, onde a cena do nascimento de Jesus é reproduzida em detalhes, atraindo a atenção de adultos e crianças.

Na Catedral de São João Batista, o presépio é uma das referências das comemorações de fim de ano na cidade, num trabalho que a cada ano fica mais bonito. Montado na capela ao lado esquerdo, o presépio reúne os personagens da Sagrada Família em um espaço que busca reproduzir com fidelidade uma manjedoura. A figura do Menino Jesus ainda não compõe o cenário, para que haja uma reflexão sobre o sentido de seu nascimento. A imagem só será colocada neste sábado, 24, durante a Missa do Galo.

Outros destaques do presépio da Catedral são o chão de serragem e as microlâmpadas que reproduzem o céu estrelado, tendo ao alto a estrela de Belém, que guiou os três Reis Magos desde o Oriente e lhes indicou o local onde se encontrava o Menino Jesus. Completam a cena, vários animais, algumas folhagens e uma fonte com água correndo, num trabalho que merece ser conferido.

Além da Catedral, várias igrejas de Nova Friburgo preservam o costume de montar presépios no mês de dezembro como forma de celebrar o verdadeiro sentido do Natal. No centro da cidade, outros presépios que merecem ser conferidos são os que enfeitam a Capela do Colégio Nossa Senhora das Dores e a Igreja de São Francisco. Em ambos, destacam-se o delicado cenário que retrata a singeleza do nascimento do Menino Jesus.

Costume teve origem

com São Francisco

A tradição católica diz que o presépio surgiu no século XIII, quando São Francisco de Assis teve a inspiração de encenar, na noite de Natal, o momento do nascimento de Cristo. Pediu então a um amigo artesão que recriasse com detalhes a cena. “Quero ao menos uma vez, festejar o nascimento do Filho de Deus sobre a terra e ver, com meus próprios olhos, os apertos por que passou e como foi posto num presépio entre o boi e o burro”, disse o santo. O artesão ergueu um altar simples na gruta e colocou as imagens do Menino Jesus, de Maria e de José. Também foram levados um boi e um burro. Foi realizada uma missa sobre a manjedoura, transformada em altar e São Francisco cantou o Evangelho, com a sua bela voz. O sucesso da representação foi tanto que rapidamente se estendeu por toda Itália e logo foi introduzido nas casas nobres europeias e acabou se propagando para várias partes do mundo. O costume permanece presente em pleno século XXI, principalmente nos lares e instituições cristãs.

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