Tomates que não apodrecem protagonizam recorde brasileiro

Fruto com maior durabilidade depois de colhido é de Tubarão–SC. Um dos tomates que foram tirados do pé há quase um ano ainda está intacto
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Tomates que não apodrecem protagonizam recorde brasileiro
Tomates que não apodrecem protagonizam recorde brasileiro

Um recorde curioso e inusitado, que entra para o RankBrasil em 2012, mais parece um conto de fadas, como os clássicos infantis “João e o pé de feijão”, que traz sementes mágicas, e “Cinderela”, com uma abóbora que se transforma em carruagem.  
Ao contrário da fantasia, a comerciante Simone Aguiar, da cidade de Tubarão–SC, apresentou provas da existência de tomates que não apodrecem, conquistando o recorde de “Fruto com maior durabilidade depois de colhido”. 
Os últimos seis tomates foram retirados em 29 de novembro de 2011, há quase um ano, quando o pé começou a morrer. Segundo a comerciante, dois duraram sete meses e foram abertos para a retirada das sementes e a produção de mudas, e outros dois secaram depois de 10 meses. 
Agora restam apenas dois frutos. Simone conta que um deles começou a dar sinal que vai secar, mas o último está totalmente intacto. “É como se o tomate tivesse sido colhido hoje”, afirma. “A única diferença é a cor, que com o tempo ficou mais clara”, comenta. 

Tomates especiais
O protagonista desta história—o pé de tomate—apareceu em um terreno vazio em frente à casa de Simone, no meio de matos. Proprietária da lanchonete Manos Lanches, a comerciante acredita que o tomateiro nasceu por acaso, pelo descarte do lixo orgânico no local. 
Com vida própria, o pé foi crescendo naturalmente, sem nenhum tipo de cuidado, muito menos com a utilização de agrotóxico. Ao todo, cerca de 20 tomates foram colhidos e os que se transformaram em salada, tinha sabor como qualquer outro. 
Simone só percebeu que se tratava de frutos especiais com a retirada dos últimos seis, que ficaram por muito tempo na fruteira, sem apodrecer. Entendendo a dimensão do que estava acontecendo, ela começou a registrar tudo, com fotos, vídeos e declarações de testemunhas, autenticadas em cartório. 

Pesquisa para clonagem
A história dos tomates que não apodrecem foi passando de boca em boca, teve repercussão na mídia nacional e até internacional, e despertou o interesse de pesquisadores do curso de Agronomia, da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). 
A comerciante lembra que um dos tomates ficou por cinco meses na Unisul para um estudo de clonagem. “Infelizmente eles me devolveram o fruto dizendo que a pesquisa seria inviável pelo alto custo, pois a maioria dos equipamentos deveria ser importada”, lamenta. 

“Obra de Deus para a ciência”
Simone, que tem 36 anos e revela ser muito católica, acredita que os tomates que não apodrecem são obra de Deus e por isso deve dividir a experiência. “Entrar para o RankBrasil é uma forma de divulgar a existência desses frutos”, diz. 
De acordo com ela, todas as pessoas que acompanham a história dos tomates especiais estão muito ansiosas para a chegada do troféu de recordista brasileiro, entre a família da comerciante, os clientes da lanchonete e a mídia em geral. 
“Meu sonho é doar as sementes para algum órgão governamental que tenha condições de realizar uma pesquisa para clonagem”, destaca. “A partir de tomates que não apodrecem, deve ser possível fazer o mesmo com outros frutos”, acredita. 
Depois da conquista do recorde junto ao RankBrasil, Simone pensa em tentar o Guinness World Records, para dividir sua experiência com o resto do mundo. “Pretendo entregar essa obra de Deus para a ciência”, finaliza. 

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