O termo paisagismo designa o ato de projetar espaços, sejam residenciais, comerciais ou locais públicos, com o intuito de proporcionar a sensação de bem-estar, utilizando-se, para isso, elementos que remetam a natureza e a vida ao ar livre. É sabido que as plantas, além de embelezar as áreas externas — e, mais recentemente, as internas também — melhoram a qualidade do ar e são grandes aliadas na busca por uma vida mais aprazível. Todavia, independentemente da explicação literal do verbete, uma coisa é certa: a gente pode não saber explicar, mas sabe exatamente o que é “paisagismo” quando vê um.
Nosso único erro, talvez, é associar casa verde com casa grande. Ledo engano. Os especialistas no tema vêm, ao longo dos anos, criando alternativas para que os ambientes fiquem mais verdes e harmônicos — e estas alternativas independem de tamanho, basta que se saiba projetá-las. Os jardins verticais, por exemplo, são opções de ótimo gosto e que não demandam amplos espaços: uma parede basta. Aliás, além do pouco espaço que ocupam, a maior parte desses jardins possui sistema automatizado de irrigação, o que previne o desperdício de água e otimiza o tempo com a manutenção. Outra opção são os chamados ‘fairy garden’ — ou jardins de boneca, proposta em que um jardim de pequenas proporções é montado em xícaras, bules, vasos e demais utensílios de casa, com móveis de varanda em miniatura, inclusive. O foco principal por aqui é na renovação constante de espécimes, ideias, e, por que não dizer, na concepção do projeto artístico como um todo, mesmo que se more num cubículo. Quando se fala em casa bonita, é quase proibido estacionar.
Nisso, o paisagista Zé Bizzo, autor de todos os projetos que ilustram esta matéria, é categórico: todo mundo pode ter um jardim em casa. De pequenos a grandes espaços, em qualquer lugar é possível planejar um pequeno refúgio para anular-se, ao menos um pouquinho, do cinza rotineiro. “Pode-se usar pequenas plantas podadas, tais como o buchinho ou a grama negra, que não requer poda, e como complemento, pedras, lascas, cascas de palmeiras, miniaturas de móveis”, exemplifica. E indica ainda: “Para espaços de sombra, recomenda-se lírios da paz, mini antúrios. Para cobertura, pode-se utilizar podocarpus [uma espécie de árvore de pequeno porte], fazendo uma proteção com vasos ou arbustos de grande porte, como o fênix, para locais mais amplos. Já em apartamentos com varanda, qualquer espaço aceita um arranjo com bromélias, por exemplo”, conclui. Os trabalhos que ilustram a matéria são criações de Zé.
Importante destacar que é preciso ter em mente que os espaços são constantemente expostos às variações e condições climáticas, como ausência e presença de chuva, umidade e incidência solar. Variações de espécies e cores também são aspectos consideráveis. Procurar um profissional é legal, mas se a grana estiver curta, muitos são os sites que abordam o assunto, oferecendo alternativas. É só começar a pesquisar!
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