Para aqueles que gostam de dias mais longos, com luz do sol até as 19h30, chegou a hora de se despedir do horário de verão. Depois de quatro meses, o horário diferenciado vai terminar. A mudança ocorre na virada deste sábado, 21, para domingo, 22. Com isso, os moradores de dez estados (das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país) e do Distrito Federal deverão atrasar os relógios em uma hora, à meia-noite.
Este ano o horário de verão foi prorrogado por cinco dias para evitar que o fim da medida acontecesse durante o carnaval. Foram 126 dias, cinco a mais do que nos últimos 15 anos e uma semana a mais do que em 2014. A iniciativa foi criada com o objetivo de aproveitar a luminosidade natural do dia e, com isso, reduzir o uso de eletricidade no fim da tarde, período em que ocorriam os chamados picos de consumo. No entanto, nos últimos anos, o pico tem sido registrado no início da tarde, principalmente por causa do aumento do uso de aparelhos de ar condicionado. Apesar disso, segundo o governo federal, o horário de verão continua cumprindo a função de evitar uma sobrecarga no sistema elétrico.
A possibilidade de prolongar ainda mais o horário de verão para economizar energia e água, devido a crise hídrica no país, chegou a ser cogitada, mas o governo decidiu manter a previsão inicial. O balanço do quanto foi economizado nesta edição do horário de verão ainda não havia sido divulgado até a tarde de ontem, 20. No entanto, a expectativa é de que a redução no consumo de energia no período contribua com uma queda de 0,4% no uso da água das represas das principais hidrelétricas do Brasil. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), entre 2010 e 2014 o horário de verão resultou em economia de R$ 835 milhões para os consumidores, devido à eletricidade que deixou de ser gerada pelo uso da luz do sol. Só no ano passado houve uma economia de R$ 405 milhões.
É sabido que a economia com o horário de verão ajuda, mas o problema que o país vive por causa da queda na geração de energia hidrelétrica, provocada pela falta de chuvas, faz com ela ainda seja pequena. Na última quinta-feira, 19, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou que o governo estuda comprar energia do Uruguai.
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