Os temporais que caíram no final da tarde de quarta-feira, 31, e na madrugada de quinta-feira, 1º, em Nova Friburgo, provocaram danos em diversos pontos da cidade. Ruas alagadas, quedas de árvores, trânsito congestionado e casas destelhadas trouxeram transtornos para pedestres, motoristas, comerciantes e moradores do centro e de outros bairros. O grande volume de chuva acompanhado de raios e trovoadas assustou muitos friburguenses e causou estranheza por ter ocorrido no final de agosto, período que costuma ser mais caracterizado pelo tempo seco e a incidência de queimadas.
Segundo o subsecretário de Defesa Civil, Robson José Teixeira, a chuva de quarta e quinta totalizou um índice médio de 45 milímetros mas não causou nenhuma ocorrência grave. Até a manhã de quinta-feira, 1º, o órgão havia atendido principalmente a chamados de quedas de árvores como a ocorrida na Avenida Comte Bittencourt, em frente à entrada da Rua Galeano das Neves, que provocou um grande congestionamento com reflexos na Galdino do Valle, rotatória do Paissandu e entorno do Centro. A queda acarretou ferimentos no motorista e no passageiro do veículo.
Na Granja Spinelli também foram registradas quedas de árvores no acesso ao bairro e no telhado de uma garagem, danificando dois carros e provocando ferimentos leves em duas pessoas. Outra árvore também caiu na calçada da Rua Manoel Antônio Ventura, no Centro. Segundo a Defesa Civil, as árvores caíram por causa do mau estado e não em função dos ventos. Equipes do Corpo de Bombeiros e da secretaria de Serviços Públicos trabalharam em conjunto para as retiradas dos troncos, galhos e limpeza dos locais.
A Defesa Civil registrou ainda, queda de telhados em duas residências: na Rua Gonçalves Dias, no Paissandu, e na Rua Augusto Severo, no Centro. Os ventos fortes derrubaram o forro da área da loja Carrapeta, na Comte Bittencourt, e destruíram uma estrutura do posto de combustíveis na esquina da Rua Fernando Bizzotto, que caiu completamente no chão. Telhas quebraram na Escola Municipal Santa Paula Frassinetti, e as aulas foram suspensas nesta quinta-feira. O temporal da tarde de quarta também acarretou pontos de alagamentos em ruas do Centro e Olaria, prejudicando o movimento do comércio. No Cadima Shopping, o transbordamento de uma galeria de águas pluviais provocou o alagamento de parte do piso térreo. Algumas lojas ficaram interditadas e o espaço de jogos e brinquedos permanece fechado, já que a água danificou alguns equipamentos.
As consequências do forte temporal motivaram ligações e mensagens à redação de A VOZ DA SERRA. Vários leitores consideraram que o município continua despreparado para as fortes chuvas e se dizem apreensivos com a chegada do verão. É o caso da bancária Sula Ramos, que fez um desabafo via WhatsApp sobre a situação no Alto do Catete após as chuvas. “É uma situação desesperadora e vergonhosa. Já estamos sem ônibus e sem estrada de acesso. Os moradores não podem ficar ilhados por causa de uma chuva forte. Imagina no verão, como será?”, questiona ela.
Deixe o seu comentário