Temporal arrasa a cidade

quarta-feira, 11 de novembro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Henrique Amorim

s fortes chuvas nos fins de tarde são bastante comuns nesta época do ano, mas o temporal da última segunda-feira, 9, certamente ficará na lembrança de muitos friburguenses como um dos mais problemáticos da temporada. Nova Friburgo simplesmente parou devido à chuva, que começou por volta das 17h30 e se estendeu até a noite. Foi o bastante para dar um nó em toda a área urbana da cidade, dificultando a volta para casa. Ruas ficaram alagadas no Centro e em vários bairros; duas barreiras caíram na RJ-130 (Nova Friburgo-Teresópolis), na altura do Córrego Dantas, e na RJ-150 (Nova Friburgo-Amparo-São José do Ribeirão), próximo ao km 1, deixando ambas as rodovias em meia pista, e dois muros caíram nos bairros Nova Suíça e Granja Spinelli. Não houve vítimas.

Quem dependeu dos ônibus urbanos na saída do trabalho ou da escola teve que amargar até quase duas horas de espera pela circulação de algumas linhas, devido ao congestionamento recorde no eixo rodoviário de perímetro urbano da RJ-116 (Itaboraí-Itaperuna), que se propagou por todas as extensões das avenidas Galdino do Valle Filho, Santos Dumont, Rui Barbosa e Presidente Costa e Silva, com reflexos em parte das avenidas dos Ferroviários e Roberto Silveira, nas imediações da localidade conhecida como ‘Curva do JJ’, em Duas Pedras, prejudicando quem pretendia chegar ao centro da cidade. Para atravessar este trecho de pouco mais de dois quilômetros foram gastos em média 40 minutos no início da noite.

Na região sul da cidade os motoristas também precisaram de uma boa dose de paciência, já que os congestionamentos nos acessos à Praça Marcílio Dias, no Paissandu, se estenderam aos bairros Ypu e Bela Vista. Na RJ-150 um alagamento nas imediações da fábrica de ferragens Haga impediu a circulação de veículos por cerca de meia hora. Os usuários das linhas de ônibus que ligam o Centro aos bairros Chácara do Paraíso e Nova Suíça e ao distrito de Amparo tiveram que amargar mais de uma hora de espera nos pontos de embarque no Centro e na rodoviária urbana onde alguns passageiros se revoltaram com a grande demora. Quando os coletivos começaram a chegar, outra bronca: a superlotação. O mesmo aconteceu com os passageiros de algumas linhas procedentes da região norte do município.

Em uma hora choveu 40% do esperado para o mês inteiro

A Defesa Civil de Nova Friburgo registrou nas estações pluviométricas (que medem a intensidade das chuvas a cada 15 minutos) a intensidade de 60 milímetros de chuva na primeira hora do temporal. A previsão de chuva para todo o mês de novembro é de 200 milímetros. “Ainda bem que a cidade resistiu bem ao temporal de segunda-feira com ocorrências isoladas que felizmente não fizeram vítimas. Somente na casa onde o muro caiu na Granja Spinelli, a família ficou desalojada por uma noite indo dormir na casa de familiares”, observou o coordenador da Defesa Civil, coronel Roberto Robadey.

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