A INICIATIVA de A VOZ DA SERRA, promovendo a série de sabatinas com os candidatos a prefeito de Nova Friburgo, é uma boa oportunidade para os eleitores avaliarem as propostas para os próximos anos. Na edição do último fim de semana pudemos ouvi-los, conhecer o que pensam e como os pretendentes à sucessão municipal esperam gerir os destinos da cidade frente à crise econômica e os desafios para trabalhar com pouco dinheiro.
APESAR do baixo crescimento da economia, a arrecadação tributária continua se sustentando — embora num ritmo mais lento do que nos anos anteriores. Na avaliação de economistas, o grande problema é que as despesas caminham num ritmo mais rápido e os resultados das contas públicas têm sido decepcionantes. A má notícia é acompanhada de outra: dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostram que 36% do total produzido no país nos primeiros seis meses do ano foram pagos em impostos.
A ELEVADA carga tributária nacional faz vítimas em todas as classes sociais do Brasil. Uma simples conta de luz vem repleta de tributos e impostos que aumentam em mais de um terço o valor pago efetivamente pelo consumo. Existem casos piores, principalmente para as bebidas, que cobram até 81,8% de imposto, ou o fumante, que deixa 80,4% para o Leão, ou o viciado em videogames, que desembolsa 72,1% para o governo. Isto sem falar no chamado Custo Brasil.
A TÃO sonhada reforma tributária — prometida pelo presidente Michel Temer — ainda não conseguiu sair do papel e a conclusão é drástica: o ano vai-se embora e até o momento a proposta não apareceu na pauta de discussão do Congresso. Enquanto não sai, estados e municípios ficam impossibilitados de empreender as reformas nas suas respectivas bases. No caso de Nova Friburgo o dilema é o mesmo.
AS MÚLTIPLAS facetas da economia friburguense, com forte vocação industrial, exigem dos poderes públicos medidas que possam dar continuidade a esse o processo histórico de formação econômica, ampliando o parque industrial e, consequentemente, gerando novos empregos. O crescimento das exportações friburguenses e a consolidação das indústrias metalmecânicas e de moda íntima são fortes indicadores para a ampliação de políticas de incentivo e promoção.
A REFORMA desejada pelas classes produtivas — e também pela sociedade — precisa ser agilizada rapidamente em nome do crescimento nacional. Caso contrário, o país ficará refém de suas políticas econômicas, muitas vezes desastradas, impedindo que a sociedade consiga avançar. A reforma não é necessária. É vital para o Brasil.
OUTROS assuntos estão na pauta dos candidatos. Na edição de ontem conhecemos suas propostas para a saúde. Assunto prioritário na vida municipal, a saúde também pode proporcionar melhores condições de vida para os friburguenses. Como podemos observar, são muitas frentes desafiadoras e a população aguarda proposições que ajudem a criar um ambiente de prosperidade e desenvolvimento. Estamos atentos e os eleitores também.
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