Sem tempo ruim
Mesmo debaixo de sol forte, elenco de “Paraíso” se diverte durante externa
por Carla Neves/PopTevê
Nem o calor de rachar que costuma fazer no Projac – complexo de estúdios da Globo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro – foi capaz de desanimar o elenco, a produção e a direção de “Paraíso” durante as gravações. Isso porque a “turma” gravava três cenas importantes da trama que foram ao ar a partir da última segunda, 30 de março. E sem chiar um minuto sequer. O “pessoal” que gravou a primeira cena – que era a que Maria Rosa, de Fernanda Paes Leme, se despede dos pais Aurora e Norberto, interpretados por Bia Seidl e Leopoldo Pacheco, para ir ao Rio comprar os equipamentos para a rádio Voz do Paraíso – foi o que mais sofreu com a alta temperatura. Principalmente Fernanda, que exibia um casaquinho verde para lá de abafado. Mesmo assim, ela era só sorrisos. “Só quero ver a baixaria e a fofoca que vai ser quando a Maria Rosa voltar do Rio. Mas ela não vai estar nem aí para os comentários da cidade”, adianta ela, aos risos.
Assim como Fernanda, Leopoldo e Bia também demonstravam enorme disposição para gravar e, mesmo debaixo do sol fortíssimo, ensaiaram a cena diversas vezes. O único problema – que fez a cena demorar um pouco mais para ser realizada – foi que, na hora do “gravando” dado pela tranquila diretora Roberta Richard, a maquiadora Inês Costa teve de entrar “em cena” para retocar a maquiagem de Bia Seidl, que estava derretendo. Ela também era só elogios à sua personagem. “Estou muito apaixonada pela Aurora, que é uma criatura íntegra e que dá conta da família com amor e firmeza”, diz Bia, que na primeira versão da trama de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1982 na Globo, deu vida à regateira Edith.
As regateiras, por sinal, também deram o ar da graça na cena que veio logo em seguida. Também dirigidas por Roberta Richard, Mareliz Rodrigues, Paula Barbosa, Lucy Ramos e Caroline Abras – na pele de Nina, Edith, Cleusinha e Jacira, respectivamente – contam, em tom de fofoca, ao padre Bento, de Carlos Vereza, sobre a ida de Maria Rosa para o Rio com os cariocas Otávio, de Guilherme Winter, e Ricardo, de Guilherme Berenguer. “Atentas” a tudo o que acontece na fictícia Paraíso, as moças, é claro, condenam a filha do prefeito por viajar sozinha com os rapazes. “Me inspirei nos tempos da escola para criar a Edith, quando fazia fofoca e queria arrumar namorado”, diverte-se Paula Barbosa, neta de Benedito, que antes da gravação se lambuzou de repelente, apesar de não reclamar das picadas de mosquito. “A gente toma umas picadinhas, mas faz parte”, garante.
Seguindo o ânimo de Paula – que estava “feliz da vida” por estar gravando uma de suas primeiras cenas na cidade cenográfica –, as intérpretes das outras três meninas também eram só sorrisos ao contracenar com o veterano Carlos Vereza, que não se incomodou em repetir a cena por conta de um pequeno deslize de Lucy Ramos. Mas a mais animada da “turma”, sem dúvida, era Mareliz Rodrigues. “Estou me divertindo muito. Acho que a cena vai ficar ótima, porque a direção está fazendo um excelente trabalho”, elogia Mareliz.
Para fechar a tarde de gravações na cidade cenográfica, Roberta Richard decidiu gravar a cena do bar do Bertoni, de Kadu Moliterno. E a diretora o fez na hora certa, já que, minutos antes, a chuva começou a cair. Marcada pela curiosa conversa entre Bertoni, Zé do Correio, de Cosme dos Santos, e Pedro do Posto, de Hugo Gross, a cena focava no conto do “cramullhão”. Afinal, é nela que Bertoni conta aos frequentadores do bar a história do capeta que é criado na garrafa. “Acho que o Bertoni representa os olhos do Benedito dentro da novela, porque é ali no bar dele que se passa tudo. É emocionante participar desta segunda versão da trama”, reflete Kadu, que viveu o “filho do diabo” na primeira versão do folhetim.
Como gente grande
Carolina Oliveira sente-se à vontade em “Caminho das Índias”
por Fabíola Tavernard/PopTevê
Aos 14 anos, Carolina Oliveira parece uma veterana. A atriz mostra desenvoltura ao falar sobre Shanti, indiana que interpreta em “Caminho das Índias”. O tom de “profundo conhecimento de causa” se repete quando ela avalia a carreira, iniciada – ela gosta de frisar – por acaso, após ser aprovada nos testes para protagonizar a microssérie “Hoje é Dia de Maria”, exibida em duas jornadas em 2005. E é com essa mesma tranquilidade que ela encara seu segundo papel no horário nobre – ela atuou em “Páginas da Vida”, de 2006 –, ainda que na pele de uma indiana, com hábitos tão opostos à sua realidade. “Tudo na cultura deles é exagerado. A experiência ajuda, mas cada trabalho é diferente, nunca se está preparado. Estou sempre aprendendo”, explica.
Para fazer bonito, principalmente nas cenas de dança, Carolina participou, junto com boa parte do elenco, de workshops e palestras que a inseriram no desconhecido universo oriental. “Não é fácil, mas ensaiei bastante. Agora, sempre que ouço música, dá vontade de dançar”, afirma ela, satisfeita com o tom levemente “rebelde” da personagem, filha de Opash, de Tony Ramos, e Indira, de Eliane Giardini. “Ela quer estudar. Não quer ser mais uma indiana com o marido escolhido pelos pais. Mas ninguém acredita, acham que ela está brincando. Ela está é comendo pelas beiradas”, diverte-se a atriz, destacando a oportunidade de trabalhar diretamente com Tony Ramos, Eliane Giardini e Laura Cardoso. “Nada mais enriquecedor”, resume ela, que já em sua estreia na tevê contracenou com Fernanda Montenegro e foi indicada ao Emmy 2005 de Melhor Atriz.
É justamente a oportunidade de estar no meio de “feras” o mais importante para Carolina. É como ela acredita que melhor aprenda a interpretar. Por isso mesmo, embora queira seguir a carreira de atriz, ela confessa que gostaria de fazer faculdade de Jornalismo. “Ainda não tenho certeza, mas me interesso por isso”, avisa. Cursando o 1º ano do ensino médio, a comunicativa atriz aguarda o lançamento de “Amazônia Caruana”, longa de Tizuka Yamazaki ainda sem previsão de lançamento. E se diz satisfeita com os rumos de sua vida. “Nunca passou pela minha cabeça ser atriz. Quando quis fazer um ‘book’, era só para lembrar da minha infância. A interpretação simplesmente aconteceu, e sou muito grata por isso”, avalia, com ares de gente grande.
Nome: Carolina Machado de Oliveira.
Nascimento: 29 de novembro de 1994, em São José dos Campos, São Paulo.
Na TV: “Reality shows nos canais Sony e People and Arts.”
Ao que não assiste na TV: “A programas sensacionalistas.”
Nas horas livres: “Jogo vôlei na praia, surfo, saio com as amigas e leio.”
No cinema: “Crepúsculo”, de Catherine Wardwicke.
Música: “Legião Urbana e Cássia Eller.”
Livro: “‘Crepúsculo’”, de Sthephenie Meyer.
Prato predileto: “Estrogonofe de frango.”
O melhor do guarda-roupa: “Calça jeans.”
Perfume: 5th Avenue.
Mulher bonita: Letícia Sabatella.
Homem bonito: Rodrigo Santoro.
Cantor: Renato Russo.
Cantora: Cássia Eller.
Ator: Rodrigo Lombardi.
Atriz: Fernanda Montenegro.
Escritor: Sthephenie Meyer.
Programa de índio: “Ir para a fazenda.”
Melhor viagem: “Para Nova Iorque, em 2005, com minha mãe, quando fui indicada ao Emmy.”
Sinônimo de elegância: “Não fumar.”
Melhor notícia: “Quando passei no teste para ‘Hoje é Dia de Maria’.”
Gula: Comida japonesa.
Inveja: “Não sinto. O que é para ser meu, ninguém tira.”
Ira: Injustiça.
Cobiça: “Ir para a Disney.”
Preguiça: “Às vezes fico na cama o dia todo.”
Vaidade: “Com o cabelo e a pele.”
Mania: “Estalar os dedos e a coluna.”
Filosofia de vida: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, frase do livro “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry.
Deixe o seu comentário