Na ponta dos pés
Bianca Salgueiro recorre ao balé para gastar as energias
por Natalia Palmeira / PopTevê
A rotina de Bianca Salgueiro é bastante intensa para uma adolescente de 16 anos. Ela aproveita a energia da juventude para estudar tudo o que tem vontade. Mesmo tendo de se dividir entre as gravações de Cama de Gato, novela na qual interpreta a meiga Eurídice, e a escola, a atriz preenche o pouco tempo livre com cursos. Aliás, se dividir entre várias atividades é algo que, se depender dela, vai continuar em seus planos. “Quero continuar sendo atriz, mas tenho muita vontade de fazer uma faculdade de outra área. Já pensei em Medicina, Economia ou Engenharia. Ainda não escolhi”, conta a carioca, que além de estudar francês, inglês e mandarim, pratica balé clássico há três anos.
Mesmo com o pouco tempo que sobra para descansar, Bianca não se incomoda em ter uma agenda tão intensa. A rotina atribulada sempre foi presente na vida da jovem, que desde os dois anos pratica esportes e aos sete, começou o primeiro curso de teatro. “O meu pai leu em um artigo que as aulas ajudavam a acabar com a timidez e melhorar a memória. Por isso, ele me incentivou a fazer”, lembra. O primeiro trabalho, porém, não foi como atriz, mas como dubladora. “Não passei no meu primeiro teste. Depois, o diretor pediu para que eu fizesse outro e acabei ganhando um papel maior”, conta, orgulhosa, de seu trabalho em Lilo e Stitch, filme de animação, no qual emprestou sua voz à personagem principal.
Assim como aconteceu na carreira de atriz, Bianca Salgueiro se encantou com a dança por acaso. Foi enquanto atuava em JK – minissérie da Globo, escrita por Maria Adelaide Amaral, na qual interpretava Maria Estela, filha do então presidente do Brasil, na fase criança –, que ela descobriu o amor pelo balé clássico. Durante as gravações, a atriz observava Maria Mariana Azevedo, que interpretava Márcia sua irmã na história e uma jovem apaixonada pelo balé. “Já tinha feito balé antes, mas por obrigação. Só quando vi ela dançando me deu vontade de voltar a dançar também”, explica ela, lembrando da época em que fazia parte de uma equipe de ginástica olímpica e, para ajudar na postura, foi indicada a praticar o estilo. “Hoje, faço porque gosto. O balé é uma base para qualquer outra dança. Além de ser um hobby, me ajuda como atriz”, ressalta.
Aluna da escola de dança Dalal Aschar, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, Bianca tem aulas três vezes por semana, além de exercícios de meia ponta e ponta. “As aulas duram só uma hora, mas quando chega no final do dia durmo como um anjo. Me sinto cansada”, revela. A dedicação é tanta que a atriz já participou de diversas apresentações organizadas pela companhia. Acostumada com os palcos, ela garante que não tem vergonha, mas confessa sentir um certo nervosismo antes de cada espetáculo. “Não tenho medo de esquecer a coreografia, porque se isso acontecer é só olhar para o lado. Mas tenho medo cair e errar o passo”, confessa.
Apesar de encarar a atividade como um hobby, para Bianca, as aulas de balé vão além da diversão. Isso porque ela acredita que o estilo pode contribuir para sua carreira de atriz, já que tem de aprender a sincronizar os movimentos dos pés, pernas, braços e cabeça. “Isso me ajuda com a expressão corporal e me ensina a ter consciência de todo o meu corpo”, justifica a jovem atriz, que em dias de apresentação passa por uma longa preparação que vai desde a coreografia até maquiagem e figurino especial.
Curta-metragem
Aline Fanju, de Viver a Vida, revela seu estilo fresco
por Louise Araujo / PopTevê
Aline Fanju é do tipo que não tem medo de ousar no figurino. Com 54 kg distribuídos por 1,66 m de altura, a atriz paulistana confessa que roupas curtas são as presenças mais frequentes no seu guarda-roupa. "É até engraçado, porque ou a saia é mini ou é longa. Adoro vestidos longos também, acho que fica lindo. Mas uso muita minissaia, short, vestidinho curto. Gosto demais", admite ela, que vive a sensual Mirna de Viver a Vida. Blusas estampadas - sempre muito coloridas - e acessórios de tons neutros têm presença garantida no armário da jovem. "A maioria das roupas são bem coringas, na verdade. Com uma sandália baixinha posso ir ao cinema. Se colocar um salto e um colar superlegal, posso ir tranquilamente a uma festa", pondera ela, que também abusa da criatividade e transforma o vestido balonê em blusa para acompanhar suas saias jeans.
O inusitado fica por conta dos calçados preferidos de Aline. Para acompanhar as produções, a aposta recorrente dela são as botas - mesmo no verão escaldante do Rio de Janeiro, em que os termômetros tem ultrapassado os 40ºC com assiduidade impressionante. "Fica super descolado. É uma peça que tem tudo a ver comigo. Tenho de todos os tipos: galochas, caubói, cano curto", enumera a atriz, que tem nada menos que sete pares no armário. E quando alguém olha torto para a escolha, ela não titubeia e tem uma resposta na ponta da língua. "Ouço as pessoas falando 'Mas bota no verão?'. E aí eu olho e respondo. 'Ué, mas eu estou de short e blusinha! E você tá de calça jeans!'", argumenta, aos risos.
Uma das pessoas que não apoia a escolha da atriz é sua própria mãe, Vera. Apesar de ter um estilo que a filha define como "modernoso", ela também critica a opção de Aline pelas botas. "Hoje, a minha mãe reclama. Mas, quando era adolescente, passei por uma fase 'grunge', andava de roupa rasgada e calça xadrez - e ela nunca me criticou. Inclusive, achava o máximo", diverte-se. Atualmente, ela revela que prefere peças mais singelas como o vestido tomara que caia rosa com estampa de bolinhas. Complementados com um par de peep toes prata, o visual ganha um ar retrô que encanta Aline. "Esse é um bijuzinho! Tenho muito vestidos desse estilo. E esse sapatinho é outro item coringa, que uso bastante", afirma ela, que aponta como suas marcas jovens como Cantão e Colcci e as paulistanas Viviany Toschi e Escola de Divinos, além da menos conhecida Zimpy.
Parte do bom humor que Aline exibe na entrevista pode ser creditado ao crescimento de sua personagem em Viver a Vida. A princípio, a jovem iria fazer apenas uma participação como a prostituta Mirna, que tinha um encontro casual com o arquiteto Jorge, vivido por Mateus Solano. O resultado, porém, agradou - e ela voltou para ficar. "Estou muito feliz. Por ser uma novela do Manoel Carlos, que admiro muito, e pela equipe de direção. Fiquei impressionada com eles. São todos muito delicados, gentis, sensíveis", derrete-se. Outro detalhe que contribuiu positivamente foi o fato dela já conhecer o colega Mateus, com quem trabalhou na peça O Lobo Nº 1: A Estepe em 2008. "Além de ser um talento, é meu amigo. Desde o primeiro dia tive ajuda dele, que já estava acostumado com a dinâmica da novela. E, claro, me senti mais confortável", garante.
Deixe o seu comentário