O poder da música
No ar como Lúpi, Bruno Miguel lança CD com composições próprias
por Fabíola Tavernard / Pop Tevê
Aos 10 anos, Bruno Miguel ia para a aula de piano contrariado. Filho do cantor Márcio Greyck – que lançou canções de sucesso na década de 70 –, o ator, que vive o Lúpi em “Caminhos do Coração”, cresceu rodeado por influências musicais. Tanto que um de seus primeiros trabalhos foi como dublador das canções de Simba no filme “O Rei Leão”, da Disney. Apesar disso, ele só aprendeu a tocar um instrumento “com gosto” aos 15, quando se interessou pelo violão. “O violão tem um papel social, ajuda você a se relacionar melhor, fazer amizades facilmente”, explica o artista que, a partir daí, adotou a música como sua maior forma de expressão. “Minhas primeiras desilusões amorosas viraram composições. A música regeu minha vida, e acho que isso foi um reflexo do que sempre vi meu pai fazer”, completa.
Nessa fase, Bruno já atuava no teatro – o ator participa de musicais desde os 11 anos – e suas composições normalmente ficavam na “gaveta”. As letras permaneceram “escondidas” até 2002 quando, ao fazer um teste para um seriado da Globo, ele conheceu uma menina e ficou encantado. Foi o suficiente para uma inspiração “extra” surgir. “Fiz uma música para ela, com o nome ‘Faz Assim’. Ela ouviu em casa e despertou a curiosidade do pai”, conta. O pai da moça é Edson Spinello, na época diretor geral de “Malhação”, que estava à procura de uma balada romântica para a que seria a próxima trilha sonora da novelinha, em 2003. “Virei trilha sem nunca ter gravado um disco”, diverte-se o dublê de ator e cantor, que na época atuava em “Floribella”, da Band.
A boa audiência da trama naquela temporada se refletiu na trilha, que vendeu cerca de 480 mil cópias – o suficiente para que a canção se propagasse pela internet. “Desde então vivo um pouco do eco que isso criou, porque a internet tem o poder de espalhar as coisas”, pontua. Apesar de ter recebido vários convites para fazer shows na época, Bruno achou melhor esperar. “Não queria me apresentar Brasil afora sem ter um produto para mostrar”, pondera. Além disso, ele buscava a oportunidade de lançar um CD autoral. “Podia pegar várias composições, encher um CD e botar no mercado. Mas não teria a minha cara”, reforça ele, que contabiliza cerca de 70 canções próprias e já teve a música ‘Faz Assim’ regravada pelo grupo de pagode Jeito Moleque.
Outra paixão do rapaz de 25 anos são os filmes de ficção científica. Com cerca de 800 DVDs em casa – “Minha mãe diz que eu moro numa locadora”, brinca –, há tempos Bruno assistia a seriados do gênero. De qualquer forma, ele jamais imaginou interpretar um mutante, menos ainda na tevê. O ator confessa que tinha um certo receio quanto ao resultado final, mas mudou de idéia ao ler a sinopse do personagem, que tem o dom de se transformar em qualquer animal, e ver os efeitos especiais da trama. “Publicaram que a novela é vista pelas classes C, D e E, como se isso fosse ruim. Quero mais é falar para essas pessoas, educar e entreter de alguma forma. É a função social da profissão”, dispara.
Bruno agora se divide entre as gravações da trama e a finalização de seu novo CD, só de baladas românticas. “Considero meu trabalho popular porque não tem uma linguagem rebuscada”, enfatiza. Além disso, ele se prepara para a estréia, em abril, do musical “A Noviça Rebelde”, produzido por Charles Müller e Cláudio Botelho. “Vou viver um alemão no espetáculo. Coincidentemente, meu cabelo está perfeito para o personagem”, brinca ele, que teve de pintar os cabelos de louro para interpretar o mutante. “Dá muito trabalho manter a cor, e o cabelo fica um estrago só. O pior é fazer hidratação toda semana”, diverte-se.
Com o poder da simpatia
por Nino Sato / PopTevê
Quando soube que interpretaria uma índia em “Desejo Proibido”, Thaïs Garayp correu para a banca de revistas e comprou tudo o que viu sobre ervas, medicina natural e tribos indígenas. A atriz também ganhou de amigos diversas publicações sobre o assunto. Isso porque a personagem Iraci deveria viver em contato com a natureza e ser conhecedora de mandingas. “Fiz várias pesquisas sobre a cultura indígena. Infelizmente, não pude explorar tanto este lado místico da personagem”, lamenta.
Para quebrar um pouco o jeito sério de Iraci, a atriz acredita que a personagem deveria encontrar um par romântico. “Brinco com os autores dizendo que eu queria que eles a desencalhassem”, diz, aos risos. No entanto, a atriz se diz muito satisfeita com o trabalho e conta, alegremente, como tudo começou. “Soube que o convite partiu da sugestão da produtora de elenco da novela e foi absolutamente aceito por todos. Fiquei muito feliz”, relembra.
Antes de ser convidada para “Desejo Proibido”, a atriz integrou o elenco de “Paraíso Tropical” e “Como Uma Onda”, na qual teve a oportunidade de cantar. “Comecei minha carreira artística na música. Adoro cantar, nem que seja no banheiro!”, diz, aos risos. “Mas seria melhor se fosse no teatro ou na tevê”, pondera, bem-humorada.
Nome: Thaïs Garayp.
Nascimento: 26 de março de 1957, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Na tevê: “Novelas, noticiários e programas de culinária”.
Ao que não assiste na tevê: “Aos canais sobre política da tevê paga. E tenho preguiça de desenho animado”.
Nas horas livres: “Tenho paixão por praia, sol e mar. Também adoro fazer programas culturais e passear em lugares diferentes”.
No cinema: “Gosto muito dos filmes do Almodóvar, do Woody Allen e do Fellini”.
Música: “MPB, jazz e música clássica”.
Livro: “Estou lendo ‘O Corpo Essencial’, de Matilde Cavalcanti”.
Prato predileto: “Adoro comer de tudo, até jiló! Ultimamente estou viciada em comida japonesa”.
Pior presente: “Uma bucha de banho. Quando recebi fiquei pensando se não era uma forma de a pessoa me mandar ‘tomar banho’”.
O melhor do guarda-roupa: “Amo as roupas da marca Elvira Matilde. São coloridas, alegres, lúdicas e, principalmente, compõem as pessoas gordinhas, como eu”.
Perfume: “Alfazema Mauá, de ‘Perfumes Mauá’”.
Mulher bonita: Letícia Sabatella.
Homem bonito: Marcelo Anthony.
Cantor: Nat King Cole.
Cantora: Elis Regina.
Ator: Anthony Hopkins.
Atriz: Marion Cotillard.
Animal de estimação: “Meus cinco gatos”.
Escritor: Clarice Lispector.
Arma de sedução: “Meus olhos”.
Programa de índio: “Ficar em casa em um dia ensolarado”.
Melhor notícia: “Ter sido chamada para ‘Desejo Proibido’ e ‘Paraíso Tropical’”.
Inveja: “Uma pessoa bem-amada causa inveja alheia”.
Ira: “De maus tratos aos animais”.
Gula: Doces.
Cobiça: “Um apartamento de frente para o mar do Leblon, no Rio de Janeiro”.
Luxúria: “Um corpo bonito de homem”.
Preguiça: “Acordar cedo”.
Vaidade: “Um homem bonito - por dentro e por fora - para se conquistar”.
Mania: “De dormir com protetores auriculares”.
Filosofia de vida: “Onde não puderes amar, não te demores”.
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