Televisão - 15 e agosto

Por Luana Borges / PopTevê
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Boa praça

Anderson Muller diverte-se na pele do ingênuo Abel de ‘Caminho das Índias’

Outro dia, Anderson Muller foi dar uma entrevista para o Video Show e viu de perto a resposta dos guardas em relação a Abel, seu papel em ‘Caminho das Índias’. Como a produção não tinha autorização para gravar em um parque, no centro do Rio de Janeiro, o pedido teve de ser feito aos profissionais que tomavam conta do local. “Eles disseram, brincando: ‘Você está denegrindo nossa imagem’”, diverte-se. Depois de exaltar que o personagem ajudava a transmitir informações sobre o trânsito, ele tirou até foto com os fardados. Mesmo interpretando um homem que é traído descaradamente pela mulher, Anderson jura nunca ter tido problemas com a corporação por causa disso. “Tenho dado sorte, ou então eles ficam tímidos”, analisa o ator que, aos risos, conta que existem vans com buzinas com a gravação do bordão “Abre o olho, Abel”.

A fama de corno do personagem fez com que Anderson se preocupasse em dobro no processo de composição. Afinal, na trama, além de levar várias voltas de Norminha, de Dira Paes, Abel é exageradamente correto no trabalho. “Poderia cair no chato”, imagina. Para buscar o lado ingênuo e ainda, de quebra, conquistar a simpatia do público, o ator se inspirou no soldadinho de chumbo. “Guarda e policial são vistos pelas crianças como heróis”, explica. “Ninguém vem me chamar de corno e é uma coisa que tinha certeza de que iria acontecer, mas não acontece”, surpreende-se.

Com 22 anos de carreira na tevê, Anderson está satisfeito com o papel atual. Mas, apesar de tanta repercussão, ele destaca o Quibe Frito de ‘Brega & Chique’, exibida pela Globo em 1987, como seu personagem mais marcante. “Foi minha primeira novela e era um papel de comédia”, recorda o ator, que está em seu terceiro trabalho assinado por Glória Perez. Antes, Anderson atuou em ‘América’ e na minissérie ‘Amazônia - De Galvez A Chico Mendes’.

O interesse pelas artes dramáticas surgiu cedo, aos 9 anos de idade, enquanto ele assistia ao ‘Sítio do Picapau Amarelo’ e resolveu mandar uma carta para a Globo para ser o Pedrinho. “Óbvio que não passei, mas no ano seguinte entrei para o Tablado”, conta ele que, há duas semanas, causou polêmica ao declarar ser filho de Anísio Abraão David, bicheiro e presidente de honra da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis. “Nunca escondi isso de ninguém. Apenas sou discreto. Não saio por aí anunciando quem é meu pai. Mas tenho orgulho de ser filho de quem sou”, ressalta.

Nome: Anderson Muller David.

Nascimento: 9 de novembro de 1969, em Nilópolis, no Rio de Janeiro.

Na tevê: “realities shows’”.

Ao que não assiste na tevê: “Programas sensacionalistas”.

Nas horas livres: “Correr, jogar vôlei e ler”.

No cinema: “Filmes politicamente incorretos. E quando falam mal de alguém, aí é que vou ver”.

Música: Pop rock.

Livro: Suspense.

Prato predileto: Comida libanesa.

Pior presente: “Acho horrível dar bombom”.

O melhor do guarda-roupa: Tênis.

Perfume: “Aqueles que têm aroma de raiz”.

Mulher bonita: Michelle Pfeiffer.

Homem bonito: Herson Capri.

Cantor: Elton John.

Cantora: Maria Bethânia.

Ator: Murilo Benício.

Atriz: Cláudia Abreu.

Animal de estimação: “Minha basset hound, Lola”.

Escritor: Gabriel García Márquez.

Arma de sedução: “O olhar”.

Programa de índio: “Passeio de barco”.

Melhor viagem: Amsterdã, na Holanda.

Sinônimo de elegância: “Ser gentil”.

Melhor notícia: “Saber que eu seria pai”.

Inveja: “De quem come e não engorda”.

Ira: “De quem joga lixo na rua”.

Gula: “Sou a pessoa mais gulosa do mundo”.

Cobiça: “Paz”.

Luxúria: “Uma bunda”.

Preguiça: “De gente chata”.

Vaidade: “Se tiver um espelho, eu paro para me olhar”.

Mania: “De perfeição”.

Filosofia de vida: “Ser feliz e mais nada”.

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