Televisão - 15 de maio.

sexta-feira, 14 de maio de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Profissão perua

Patrycia Travassos adianta detalhes sobre papel que vai viver em Ribeirão do Tempo

por por Carla Neves / PopTevê

Mulher de boa situação social, ociosa e fútil. É assim que o dicionário Aurélio define dondoca. E é assim também que Patrycia Travassos descreve Clorís, papel que vai interpretar em Ribeirão do Tempo, próxima novela da Record. Na história de Marcílio Moraes, a personagem é uma refinada viúva de família tradicional que se muda de São Paulo para Ribeirão do Tempo – cidade interiorana fictícia que dá nome à novela. Ela vai com o filho Tito, interpretado por Ângelo Paes Leme, para abrir uma pousada de esportes radicais. "A personagem é uma viúva solitária, sem perspectiva, que não tem o que fazer e decide investir todo o dinheiro no negócio do filho", adianta.

Por ser desocupada, Clorís vai viver perturbando a vida de Tito. Não só na parte dos negócios como também na vida amorosa. Implicante, a sofisticada viúva não verá com bons olhos o namoro do filho com Karina, personagem interpretada por Juliana Baroni. "Elas vão se tratar bem, mas, no fundo, se odiarão", explica, aos risos. O controle sobre Tito vai ser tanto que ela chegará a fazer um pacto absurdo com o filho. "Clorís fará um trato com ele para só se casar depois de pagar a dívida que tem com ela", conta.

Na maior parte das vezes, Clorís vai passar o tempo perseguindo e tentando dominar o filho. Em outras, vai tentar arranjar um novo amor. E não vão faltar pretendentes. Segundo Patrycia, ela vai ser disputada pelo intelectual Flores, interpretado por Antônio Grassi, e pelo homem de confiança de Tito, Virgílio, interpretado por Raymundo de Souza. "Posso dizer que ela é uma personagem bom partido: uma mulher clássica, chique. Só está no lugar errado, é um peixe fora d´água", opina, acrescentando que não fez nenhuma mudança física para a personagem. "Não faço nada para personagem. Faço tudo para mim. Emagreci, por exemplo, porque já estava em um processo de emagrecimento", garante.

Em sua terceira novela na Record – Patrycia deu vida à esperta Irma em Caminhos do Coração e Os Mutantes – Caminhos do Coração –, a atriz anda encantada com o texto de Marcílio Moraes em Ribeirão do Tempo. Ela acredita, inclusive, que por estar diversificado, o folhetim tem tudo para cair nas graças do público. "Pelo texto do Marcílio, que é redondo, a gente sente que existem várias possibilidades. A Clorís mesmo é uma personagem em construção. Tenho certeza de que a novela vai agradar", torce.

Paralelamente às gravações da novela – que começaram em novembro do ano passado –, Patrycia continua a apresentar o programa Alternativa Saúde, no canal por assinatura GNT. Ainda que pareça puxado conciliar o trabalho no folhetim com a apresentação da produção, a atriz garante que está "tirando de letra". Sua receita para se revezar entre os dois trabalhos é simples: planejar tudo a curto prazo. "Desde que comecei a gravar a novela, passei a planejar a minha agenda semanalmente. Não dá para pensar muito para a frente", admite ela, que tem aproveitado as raras horas livres para se cuidar. "Nesses dias, vou ao médico, faço ginástica, dou entrevista...", brinca.

A poucos dias da estreia da novela, no dia 18 de maio, Patrycia não vê a hora de saber qual será a reação do público. Não só diante de sua personagem, mas também da novela como um todo. Segundo ela, como folhetim é uma obra aberta, a Clorís tem tudo para crescer ainda mais ao longo dele. "Acho que a novela está muito rica. Tem humor, romance, aventura. Ou seja: tem para todo gosto", derrete-se ela que, no decorrer da trama, pretende voltar ao teatro com a peça Monstra, que ela também escreveu. "No fim do ano, quero levar o espetáculo para São Paulo", planeja.

Mulher de opinião

Silvia Poppovic, apresentadora do Boa Tarde, fala sobre carreira, maternidade e futuro

por Gabriel Sobreira / PopTevê

Depois de oito anos afastada da televisão por causa da maternidade, a jornalista e apresentadora Silvia Poppovic sentiu falta de comandar uma produção apenas sua. O hiato na carreira teve uma razão especial: a maternidade. “Fui mãe só aos 45 anos e achei que devia me dedicar integralmente a essa missão”, sentencia ela, que acredita ter retornado mais tranquila e completa como mulher. A oportunidade surgiu quando ela foi convidada para apresentar o programa Boa Tarde, na Band.

De volta ao batente, ela se mostra feliz e até brinca que, se não fosse apresentadora, seria arquiteta ou decoradora. “Adoro revistas de decoração, tecidos, móveis, espaços”, admite ela, que já passou pelas redações do Diário de S. Paulo e Estado de S. Paulo antes de ir para a TV Tupi, em 1980. “Me expressava com mais facilidade falando do que escrevendo”, relembra.

Silvia, que entra ao vivo na tevê de segunda a sexta-feira, das 15h às 16h, aborda sem preocupação temas que vão da depressão pós-parto até sexo na terceira idade. A apresentadora tem como norma enfrentar qualquer questão ou tema delicado. “O segredo é fazer isso com naturalidade”, analisa. Segundo ela, não há assunto proibido, nem entrevistado que não mereça respeito. “Assim já estou há 34 anos fazendo tevê com muita alegria e prazer. E por que não dizer, sucesso?”, arrisca-se.

Formada pela Escola de Comunicações e Artes da USP, Silvia é taxativa quando o assunto é o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da função de jornalista. “Acho bom porque a imprensa será menos superficial na abordagem de várias coberturas”, defende. Falar sobre assuntos polêmicos jamais foi problema para a paulistana de 55 anos. Os temas abordados no programa são sugestões de toda a equipe e Silvia os aprova e faz seus comentários sobre convidados e especialistas. “Afinal, são anos de estrada debatendo tendências de comportamento”, justifica ela, que para o futuro faz poucos planos. “Pretendo me consolidar nesse horário da tarde e fazer cada vez melhor esse programa”, simplifica.

Nome:Silvia Poppovic.

Nascimento: 25 de janeiro de 1955, em São Paulo.

Na tevê: “Telejornais e o programa Manhattan Connection”.

Ao que não assiste na tevê: Novelas.

Nas horas livres: “Dou atenção à minha família”

No cinema: “Assisto aos filmes bem avaliados pela crítica”

Música: “Música clássica e bossa nova”.

Livro: “Leio Cartas Entre Amigos, do padre Fábio de Melo e do filósofo Gabriel Chalita”

Prato predileto: Sorvete de café.

Pior presente: “Certa vez, ganhei chocolate vencido”, conta, aos risos.

O melhor do guarda-roupa: “Meus casacos de cashmere”.

Perfume: “Red Rose”, de Jo Malone.

Homem bonito: Reynaldo Gianecchini.

Mulher bonita: Juliana Paes.

Cantor: Tom Jobim.

Cantora: Mônica Salmaso.

Ator: Tony Ramos.

Atriz: Luciana Bronstein.

Animal de Estimação: Nana, uma cadelinha maltês.

Escritor: Jorge Amado.

Arma de sedução: “Simpatia e bom astral”.

Melhor viagem: Japão.

Sinônimo de elegância: “Usar sempre as palavrinhas mágicas por favor, com licença, obrigada e desculpe com todos!”.

Inveja: “De quem sabe esquiar na neve”.

Ira: Injustiça.

Gula: Frutas.

Cobiça: Helicóptero.

Luxúria: “Um homem cheiroso”.

Preguiça: Ginástica.

Vaidade: “Com os cabelos”.

Mania:“De ter flores frescas em casa”.

Filosofia de vida: “Fazer do limão uma limonada”.

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