Quando o assunto é trabalho, Silvia Salgado não esconde a empolgação. A atriz não economiza palavras ao descrever Patrícia, sua personagem em Ribeirão do Tempo, da Record. Na trama, escrita por Marcílio Moraes, ela interpreta uma mulher madura e de bem com a vida. “O que mais gosto é a leveza da personagem. Está sendo uma delícia criá-la”, revela. Depois de ficar sete anos longe da tevê – em 1997 a atriz resolveu dedicar-se à família e só retomou a carreira em 2004, como a Aretuza de Senhora do Destino –, Silvia comemora mais um papel no currículo. “Houve uma lacuna na minha carreira. Está sendo muito bom retomá-la. Tenho muitos objetivos como atriz e quero resgatar este tempo perdido”, confessa, do alto dos seus 60 anos recém-completados.
Para a atriz, o resgate é a chance de ser reconhecida entre o público mais jovem. Silvia começou no teatro amador e foi parar na tevê depois de vencer o concurso de novos talentos do programa Moacyr TV, na Globo. O sucesso veio na virada dos anos 70 para os anos 80, quando emendou novelas de grande destaque, como O Astro, Plumas e Paetês e a primeira versão de Ciranda de Pedra, que foi ao ar em 1981 na Globo. “Fiz grandes personagens. Mas sempre lembro da Bruna, de Ciranda de Pedra. Era um papel cheio de nuances. Não era boa, nem má. Gosto de seres complexos”, avalia.
Outra personagem relembrada pela atriz nascida em Fortaleza e criada em Santos, no litoral de São Paulo, é a Emília, de Essas Mulheres, exibida pela Record em 2005, também escrita por Marcílio Moraes. “Foi apenas uma participação, mas me identifiquei com a história”, explica. Voltar a trabalhar com o autor é outro fator que deixa a atriz confiante com o novo trabalho. “A equipe é muito boa e a novela tem tudo para ser um sucesso”, aposta.
Nome: Silvia Helena Salgado.
Nascimento: 3 de maio de 1950, em Fortaleza, Ceará.
Na tevê: “Filmes, programas de entrevistas e novelas”.
Ao que não assiste na tevê: “Não gosto de programas violentos”.
Nas horas livres: “Caminhar, ler e namorar meu marido”.
No cinema: As Pontes de Madison, de Clint Eastwood.
Música: “Todos os álbuns de Leo Gandelman”.
Livro: O Cérebro Desconhecido, de Helion Povoa.
Prato predileto: “Peixe e massas”.
Pior presente: “Só lembro dos bons presentes”.
O melhor do guarda-roupa: “Vestidos”.
Perfume: “O que minha mãe usava”.
Mulher bonita: Glória Pires.
Homem bonito: “Meu marido”.
Cantor: Caetano Veloso .
Cantora: Norah Jones.
Ator: Tony Ramos.
Atriz: Glória Pires.
Animal de estimação: “Nunca tive”.
Escritor: Marcílio Moraes.
Arma de sedução: “Meus olhos”.
Programa de índio: “Ir a lugares muito cheios”.
Melhor viagem: “Fernando de Noronha”.
Sinônimo de elegância: Chico Buarque.
Melhor notícia: “Quando soube que estava grávida”.
Inveja: “De quem toca piano”.
Ira: “De quem não respeita o próximo”.
Gula: “Banana ‘split’, mas evito”.
Cobiça: “Comprar uma casa”.
Luxúria: “O cheiro do meu marido”.
Preguiça: “De acordar cedo”.
Vaidade: “Adoro cuidar da minha pele”.
Mania: “Acordar e ficar me alongando na cama”.
Filosofia de vida: “Viver honestamente, ser verdadeira comigo e com os outros. Procurar ver as pessoas como companheiros de jornada, é o que somos mesmo”.
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