Paixão antiga
Julianne Trevisol concilia aulas de
dança de salão com as gravações da Record
por Carla Neves/PopTevê
Julianne Trevisol se orgulha de ter sido apresentada à dança ainda na infância. Afinal, graças ao balé, ao jazz e ao sapateado, a atriz – que atualmente interpreta a mutante Gór em “Caminhos do Coração”, da Record – acabou descambando para o teatro. “Na escola de dança, já trabalhava muito com essa coisa do teatro de construir personagem”, lembra ela, que, aos dez anos, preferiu priorizar os palcos ao invés da dança. A escolha pelo teatro, porém, não fez com que Julianne abandonasse as sapatilhas. Tanto que ela se formou em balé clássico, moderno, jazz e sapateado, e, por um bom tempo, chegou até a dar aulas para crianças. “Depois a dança acabou virando mais hobby mesmo”, constata ela, que, há sete meses, faz aulas de dança de salão com o professor Vinny Cardoso na Academia de Dança Anna Moura, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Apesar dos conturbados horários de gravação da novela, Julianne sempre que pode, arranja uma brecha para as aulas de samba de gafieira, salsa, bolero, tango e zouk. “Nos intervalos das gravações, sempre consigo fazer umas duas horinhas de aula”, contabiliza. Antes de viver a mutante que hipnotiza e comanda a mente alheia na trama de Tiago Santiago, a atriz estava se dedicando integralmente às aulas do professor Vinny. “Chegava a fazer três vezes por semana, três horas por dia”, recorda.
Embora não esteja tendo tempo de “pegar pesado” nas aulas de dança, Julianne aproveita ao máximo as horas que tem ao lado de Vinny Cardoso. Tanto que faz questão de aprimorar cada passo que aprende com o professor e, a cada aula, se aventura a aprender um movimento diferente. “A dança me mantém muito. É uma pena que não tenho tempo de fazer diariamente”, lamenta. Como não gosta de malhar, as aulas são a pedida perfeita para moldar o tipo “mignon” da atriz. “Embora eu esteja me convencendo a voltar a malhar. Estou precisando. A idade vai chegando, né?”, exagera ela, que tem 24 anos.
Para Julianne, as aulas de dança foram as responsáveis por inúmeros benefícios para o seu corpo e, claro, também por parte de sua carreira televisiva. Não à toa, a atriz estreou como a romântica Olívia em “Floribella”, novela da Band em que a dança e o canto eram destaque. “‘Floribella’ juntou tudo: dança, canto, interpretação. Foi um projeto muito bacana!”, orgulha-se. E os dotes e a bela atuação da moça não passaram despercebidos pelos diretores da emissora, que, logo em seguida, a convidaram para viver a antagonista Mariana em “Paixões Proibidas”, também da Band. “‘Paixões’ foi o momento de botar a dramaturgia para funcionar. Me joguei no trabalho que, sem dúvida, foi um dos que mais deram certo na minha vida inteira”, enfatiza.
A experiência com a dança também deu a Julianne uma disciplina e uma responsabilidade admiráveis para a idade. Centrada, não é só nas aulas de dança que a atriz mantém uma postura impecável. Nos estúdios e no teatro, a atriz sempre procura fazer o seu melhor trabalho. “Tento me aprimorar em todas as artes. Tenho cara de 16, mas tenho 24. Quero mostrar para as pessoas que não sou só uma garotinha bonitinha, que trabalha para o público infantil”, assegura. Acostumada às câmeras desde pequena por conta dos inúmeros comerciais de tevê, ela demonstra maturidade ao encarar a profissão. “Existe muito ego na carreira, os valores se perderam um pouco. Mas também tem uma galera muito boa, que estuda, batalha, faz teatro”, analisa.
Apesar de tanta dedicação – seja à dança ou ao teatro –, desde que decidiu ser atriz, Julianne sempre foi submetida a testes. “Nunca fui superconvidada para fazer nada, sabe? Sempre fiz teste para todos os papéis. Sempre preferi, aliás”, pondera. Por sinal, foi graças a um desses testes que Julianne conquistou o papel da mutante Gór em “Caminhos do Coração”. Escalada para fazer uma participação de apenas um mês na trama das dez da Record, a personagem fez tanto sucesso com o público, que vai se manter na novela. “É muito bom transformar um papel que começou pequeno em algo bacana. Me sinto, enquanto artista, realizada”, exagera.
Nos moldes do humor
por Fabíola Tavernard / PopTevê
Laila Zaid sempre gostou de fazer rir. A atriz, que vive a estilista Janaína de “Amor e Intrigas”, é do tipo que adora uma palhaçada e, por isso mesmo, é sempre a brincalhona da turma. Tanto que não demorou muito para que ela levasse, aos poucos, uma boa pitada de humor à sua personagem. Hoje, Janaína é responsável por várias tiradas cômicas na trama, como as cenas “calientes” que protagoniza ao lado de Paco, de Sérgio Menezes. “É uma personagem bem próxima de mim, não tenho de buscá-la muito longe. Principalmente em relação ao humor”, entrega.
A única preocupação de Laila foi traçar uma linha forte para diferenciar Janaína de Bel, personagem igualmente bem-humorada que interpretou durante três anos em “Malhação”. “Bel era uma adolescente. Janaína tem conflitos adultos. Apesar de ‘maluquinha’, ela é mais madura”, compara. Seu único papel na tevê que fugiu ao estilo cômico foi a viciada em drogas Fernanda de “Mandrake”, seriado exibido pelo canal por assinatura HBO. “Foi uma personagem depressiva, baixo-astral, ‘do mal’ mesmo. Mas adorei trabalhar esse outro lado”, garante.
Satisfeita em atuar na Record, Laila conta que não foi fácil convencer sua família a apoiá-la na decisão de ser atriz. “Minha mãe tinha medo que eu largasse os estudos”, recorda. Formada em Marketing, ela começou a estudar teatro na mesma época em que entrou na faculdade. Mas bastou integrar o elenco de “Sonho de Uma Noite de Verão”, baseada na obra de Shakespeare, para perceber que a interpretação seria um caminho sem volta. “Fiquei tão fascinada que até abdiquei de um mochilão pela Europa quando fui aprovada para ‘Malhação’”, ressalta.
Além da novela, a atriz produz uma peça sobre a relação de jovens mulheres com a figura paterna. A direção é de Daniel Herz, com Laila atuando ao lado de Juliana Didone e Mel Lisboa em um texto inspirado em histórias reais. “Estou descobrindo que produzir é uma aventura. Nossa idéia é estrear ainda este ano”, adianta, sobre o espetáculo ainda sem título definido.
Nome: Laila Zajdenweber.
Nascimento: 28 de maio de 1984, no Rio de Janeiro.
Na tevê: “Seriados e documentários.”
Ao que não assiste na tevê: “A programas de auditório.”
Nas horas livres: “Vou à praia e fico perto de pessoas queridas.”
No cinema: “A Culpa É do Fidel”, de Julie Gavras.
Música: “Ouço de tudo, mas prefiro rock e MPB.”
Livro: “Precisamos Falar Sobre Kevin”, de Lionel Shriver.
Prato predileto: Pizza.
O pior presente: “Detestava ganhar roupa quando era criança.”
O melhor do guarda-roupa: “Vários macaquinhos jeans.”
Perfume: “Todos os ‘body splashes’ da ‘Victoria´s Secret’.”
Mulher bonita: Elizabeth Hurley.
Homem bonito: Brad Pitt.
Cantor: Dave Matthews.
Cantora: Marisa Monte.
Ator: Wagner Moura.
Atriz: Andréa Beltrão.
Escritor: Gabriel García Márquez.
Arma de sedução: “Minha inteligência.”
Programa de índio: “Ir a shopping.”
Melhor viagem: “Para a Califórnia, em 2000. Morei lá por um ano.”
Sinônimo de elegância: “Respeito.”
Melhor notícia: “Saber que meu pai está bem.”
Inveja: “De quem canta bem.”
Ira: “Trânsito.”
Gula: “Com milk shake de maracujá.”
Luxúria: “Com meu namorado.”
Cobiça: “Fazer uma viagem pelo mundo.”
Preguiça: “Meu maior pecado. Durmo muito.”
Vaidade: “Quando elogiam o meu trabalho.”
Mania: “Ler.”
Filosofia de vida: “Mandar e receber energia positiva.”
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