Tecnologia e economia

terça-feira, 22 de setembro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

* Jorge Picciani

A velocidade da informação, possibilitada pelo avanço das novas tecnologias, mudou radicalmente a forma como a notícia chega à população. Com o Orkut, o Twitter, o Facebook e outras redes sociais, cada cidadão passa a ser um produtor de conteúdo, saindo da posição de mero espectador. O desafio das instituições hoje é, por meio do uso destas redes, prestar contas do seu trabalho de forma direta, sem intermediações. Desafio este que a Assembleia Legislativa do Rio aceitou e que, na minha opinião, vem contribuindo para nos aproximarmos ainda mais da população.

Além do nosso site (www.alerj.rj.gov.br), que funciona como uma verdadeira agência de notícias, passamos a fazer uso do Twitter, criamos um blog, postamos nossas fotos no Flickr e buscamos estar sempre antenados com as mais modernas formas de interação com o cidadão. Este esforço abre definitivamente o Parlamento à participação popular, amplia a transparência e, o melhor de tudo, não custa mais caro. Na verdade, reduz despesas.

Há 15 anos, o Parlamento estadual chegou a gastar 3,47% de tudo o que o estado arrecadava menos o que pagava de dívida. Ao longo destes últimos anos, a Lei de Responsabilidade Fiscal fixou os limites de gastos em 1,684%. No ano passado, a Alerj gastou dois terços deste limite (1,16%). Ainda assim, temos ampliado os serviços prestados, funcionado com muito mais informação, com a atuação cada vez maior das comissões técnicas permanentes. Neste período a TV Alerj se consolidou, a Escola do Legislativo passou a oferecer cursos de pós-graduação, recebemos mais de cinquenta mil estudantes e turistas em nossa sede e consolidamos o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Rio de Janeiro, participando com vinte e oito entidades da sociedade civil do debate sobre o Rio de Janeiro que queremos.

O Parlamento do Rio tem procurado por meio do conjunto de deputados desta Casa  construir uma instituição mais moderna e trabalhar intensamente por meio das comissões permanentes e especiais nos debates que vão definir o futuro de nosso estado. E continuamos a avançar.

De acordo com o Boletim de Transparência editado pela Secretaria estadual de Fazenda, de janeiro a julho deste ano, o Legislativo do Rio de Janeiro aumentou em 4% o seu custeio, índice abaixo da inflação do período. O Executivo cresceu em 12%, o Tribunal de Contas 18%, o Ministério Público 19% e o Poder Judiciário 21%. Portanto, fomos o único poder que se adequou e gastou menos. E com tecnologia.

O pregão eletrônico, gerenciado pelo Banco do Brasil, que hoje está disponível exatamente em função das novas tecnologias tem feito o Legislativo economizar e diminuir seus custos. Ao reduzir nossas despesas, os recursos disponíveis retornam aos cofres públicos e podem ser investidos em Educação, Segurança e Saúde. O que está na base destas ações é o respeito. Ao diminuirmos nossas despesas e aumentarmos a eficiência dos serviços, estamos dando valor ao dinheiro de cada um dos cidadãos e cumprindo o nosso papel na construção de um estado melhor para se viver.

Jorge Picciani é presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro www.jorgepicciani.com.br

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