Márcio Madeira
As obras no Centro de Arte, visíveis a todos os friburguenses que circulam pela Praça Getúlio Vargas, estão previstas para terminar até o fim deste mês de agosto. O tradicional Teatro Bebete Castillo, no entanto, ainda deve continuar obstruído indefinidamente, conforme declarações do secretário municipal de Cultura, Roberto Wermelinger.
"O Centro de Arte fica pronto ainda este mês. Já estamos fazendo a jardinagem e nesse momento falta apenas terminar a parte da pintura. Mas o teatro não tem condições de funcionar porque nós precisamos reformar aquelas cadeiras”, explicou o secretário. "A verba que temos é destinada à recuperação da Praça das Colônias, e mesmo neste caso o valor é pequeno para o que é preciso fazer lá. No teatro do Centro de Arte eu pedi que fosse feita uma vistoria na parte elétrica e também precisamos de uma descupinização. Estamos limpando e arrumando, mas a enchente de 2011 estragou a estrutura de ferro que dá suporte aos assentos. Eu pedi um orçamento, e o valor necessário seria de R$ 50 mil. Agora estamos tentando levantar essa quantia”, continuou Wermelinger.
O secretário explica ainda que a secretaria estadual tem sido consultada em busca de preços, para que seja possível avaliar a melhor forma de recuperar o teatro. "Nós estamos em contato com a Secretaria Estadual de Cultura, porque eles têm os valores de mercado e assim nós podemos ver se é mais conveniente reformar ou comprar novas cadeiras. Sob o ponto de vista patrimonial eu gostaria de reformar, porque elas têm um laço histórico com a cidade. São 90 e poucas cadeiras. Uma obra nesse valor, no entanto, precisa ser avaliada e discutida de forma criteriosa, e provavelmente vai ficar para o ano que vem. Nós precisamos elaborar um projeto para captar esses recursos. Vai demorar, mas em algum momento o teatro vai reabrir”, argumentou.
O secretário falou também a respeito da adequação do Centro de Arte às exigências legais relacionadas ao fluxo de pessoas em casos de emergência. "É importante destacar que o Centro de Arte nunca teve problema com bombeiros. Certa vez um coronel da instituição apontou a questão da largura do pórtico, e nós fizemos a medição. A lei estabelece a largura de um metro para cada cem pessoas, e no caso do Centro de Arte nós temos dois metros para menos de cem cadeiras. Sem problemas quanto a isso, portanto. Nosso único impedimento é mesmo com as poltronas”, prosseguiu Roberto.
Adote uma poltrona
Entre as possibilidades cogitadas para a recuperação do palco que o saudoso artista Nelmo Ricardo costumava definir como o "gueto da arte friburguense” está a realização de uma campanha entre empresários municipais, cada um assumindo a recuperação de cada uma das poltronas.
"Essa é uma de nossas possibilidades sim”, confirmou o secretário. "Mas é algo que ainda precisa ser amadurecido, e que só será pensado quando tivermos uma definição sobre o melhor caminho para a recuperação do Teatro Bebete Castillo. Existem também outras formas de lutar por esses recursos, então na época certa nós veremos qual o melhor procedimento a ser adotado”, encerrou Roberto Wermelinger.
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