O governo do estado do Rio de Janeiro, a Petrobras e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro assinaram na sexta-feira, 9, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para reparar prejuízos ambientais, sociais e econômicos causados pelo atraso nas obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), na região de Itaboraí, São Gonçalo e Cachoeiras de Macacu.
Com o TAC, a Petrobras se compromete a investir R$ 814,5 milhões na recuperação da região, incluindo ações de saneamento básico e meio ambiente. Desse montante, R$ 300 milhões devem ser destinados exclusivamente a ações ambientais, incluindo o reflorestamento de uma área equivalente a 660 campos de futebol.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que entre os investimentos atuais no Comperj, está a Unidade de Processamento de Gás Natural. As obras no complexo empregam atualmente cerca de 4.500 pessoas, sendo 90% de cidades da região. A previsão de Castello Branco é que esse número aumente para 7.000 no ano que vem.
"O foco da Petrobras é o estado do Rio de Janeiro, que receberá entre 2019 e 2023, US$ 54 bilhões de dólares em investimentos", disse o presidente da estatal sobre o esforço da companhia de concentrar seus investimentos na produção e exploração de petróleo e gás.
O governador do Estado, Wilson Witzel, destacou que o Comperj é um caso emblemático de projeto relevante que foi impactado pela corrupção. "O que atrapalhou o Comperj foi a corrupção. O que atrapalhou o Rio de Janeiro foi a corrupção", disse ele, que defendeu a instalação de mais refinarias no estado.
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