De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil o cigarro é a principal causa de morte evitável. Por esta razão, na última quinta-feira, 26, o Hospital São Lucas realizou a 35ª edição da sua Reunião de Apoio Terapêutico (Ratera), dessa vez no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), com o tema “Tabagismo, entre o desejo e a doença”, com palestra dos médicos Raphael Lanza e Passos e Ana Acácia Dias Lima.
Durante a palestra, Raphael falou sobre as doenças cardiovasculares causadas pelo hábito do fumo como derrame, aneurisma e obstrução de outros vasos que podem ocasionar infartos e até mesmo amputação de membros devido ao acúmulo de gordura que o cigarro causa nos vasos sanguíneos. O médico explicou ainda como o organismo funciona quando o hábito do fumo é deixado de lado:
— Em duas horas toda nicotina é eliminada do organismo de uma pessoa. Em oito horas a oxigenação é normalizada. Em um ano o risco de um infarto é reduzido em 50% e de cinco a dez anos a probabilidade de infarto se iguala a de quem nunca fumou — observou ele, lembrando aos participantes o mal que cigarro faz para a saúde não só de quem fuma, mas também das pessoas que convivem com o fumante.
A médica Ana Acácia Dias Lima falou sobre o tabagismo no Brasil e no mundo e as doenças relacionadas ao fumo. Segundo ela, o fumante corre o risco de obter mais de cinquenta doenças que estão relacionadas ao cigarro. De cada dez fumantes, sete desenvolvem alguma dessas doenças. Um cigarro é composto por 4.700 toxinas diferentes que prejudicam todo o organismo. No Brasil 200 mil pessoas morrem por ano por consequência do cigarro. O objetivo da palestra, que aconteceu no centro da cidade para facilitar o acesso dos participantes, foi informar sobre o mal que o cigarro faz à saúde e principalmente incentivar os fumantes a terem força de vontade para abandonarem o vício.
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