Sustentabilidade: você já ouviu falar em água virtual?

segunda-feira, 10 de junho de 2013
por Jornal A Voz da Serra

O coordenador do projeto Florestar & Cia., Luiz Latour, realizou palestra no último dia 3, no auditório da Universidade Estácio de Sá, abordando o tema "Sustentabilidade”, em comemoração ao Dia da Mata Atlântica, ocorrido no último dia 27de maio. O convite partiu da diretoria do campus Nova Friburgo para integrar o ciclo de atividades das ações empreendidas na semana da sustentabilidade, promovida na própria universidade, sediada nas Braunes.

A parte inicial da palestra constou da apresentação do Florestar & Cia. e suas ações em prol da preservação do meio ambiente.  Logo após, iniciando o tema proposto — "Cidadão Sustentável” —, Latour falou sobre o que podemos fazer no dia a dia para nos tornamos sustentáveis, com práticas muito mais simples do que podemos imaginar, porém sempre constantes: escovar os dentes com a torneira fechada, refletir na hora de realizar uma compra para saber sua real necessidade, e a mudança de hábito, como ter sua própria caneca para beber água no expediente de trabalho, em vez de usar o copo descartável. "Em suma, precisamos somente ter boa vontade e presença de espírito construtivo voltados para as questões ligadas ao meio ambiente da maneira mais ampla possível”, assinalou. 

O segundo tema — "Água Virtual” — provocou uma série de indagações e reflexões entre os que estavam assistindo. Latour instigou a todos a imaginar que na hora que se adquire um quilo de carne bovina significa que foram utilizados 15 mil litros de água em todo o seu processo de produção. "Imagine então alguns cafezinhos consumidos ao longo do dia. Em sua cadeia produtiva são utilizados 140 litros de água. Isto sem contar que ainda temos que lavar esta xícara”, acentuou. Latour disse ainda que um quilo de uva consome 655 litros de água; de maçã, 697 litros; e uma camisa de malha chega a consumir oito mil litros de água em sua produção. 

O coordenador do projeto Florestar & Cia. insistiu para que todos pensassem bem na quantidade de água gasta. "Isso se refere somente aos sistemas produtivos. Estamos esquecendo do sistema mercadológico, como o comércio, que inclui compra e venda. Este custo não é adicionado aos bens produzidos porque partem da ideia de que água é infinita, um recurso natural que aí está e que se renova sempre para nosso bel-prazer. Isto é ilusório, este bem, que ainda não está considerado como bem de mercado e consumo por não ser industrializado, é finito, a partir do momento que consumimos muito mais do que a sua capacidade de renovação. Não se assustem, água virtual é a água que não vemos, e esse tema chegou e é para ficar. As mudanças de postura cultural de consumo com características sustentáveis serão necessárias diante dos novos quadros que se fazem presentes em nossa vida. Fiquem atentos!”, alertou. 

Paralelamente à palestra foram plantadas três mudas de ipê amarelo nos jardina da Estácio, como compensação e sequestro de carbono, tornando assim o evento sustentável e compensatório. O coordenador Luiz Latour agradece o convite da Universidade Estácio de Sá, a parceria da concessionária Águas de Nova Friburgo, como também o apoio da Energisa, Serraria Ki-Angelim e A VOZ DA SERRA.   

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