SUS oferecerá cadeiras motorizadas para pessoas com deficiência física

quinta-feira, 09 de maio de 2013
por Jornal A Voz da Serra

Cadeiras de rodas motorizadas passam agora a ser oferecidas para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida está dentro de um investimento de R$ 205,2 milhões lançado na quarta-feira, 8, pelo Ministério da Saúde, que envolve também a inauguração de 29 centros de reabilitação, oficinas de produção de órteses e próteses e distribuição de equipamentos para quem tenha algum comprometimento físico ou sensorial. O recurso sai de parte do programa federal "Viver sem Limites”, que planeja investir R$ 7,6 bilhões, até 2014, em inclusão e acessibilidade com ações em áreas diversas como saúde, moradia, educação e assistência social.

Atualmente as cadeiras de rodas oferecidas pelo SUS não atendem adequadamente à demanda de quem precisa se locomover com elas. São pesadas, pouco resistentes, não são feitas sob medida e não permitem autonomia.  A promessa anunciada é que seis modelos novos estarão disponíveis para os cadeirantes dentro de seis meses. Entre elas, a cadeira motorizada — que pode ser movida por controle remoto, pelo queixo ou boca — e as cadeiras monobloco, mais leves e práticas. "Será um ganho enorme. Nenhuma pessoa com deficiência consegue usar aquelas cadeiras de hospital do SUS. Esses produtos costumam ser muito caros e muita gente que precisa fica sem acesso”, afirma o estudante Leandro Ribeiro da Silva, que usa cadeira motorizada.

De acordo com Leandro, a medida pode representar grandes conquistas na vida de uma pessoa com deficiência. "Mas agora é preciso saber se vai haver muita burocracia para conseguir as cadeiras e se vão mesmo entregá-las a quem precisa”. As regras de distribuição do material ainda não foram divulgadas. 

Segundo o Ministério da Saúde, também dentro de seis meses crianças e adolescentes de 5 a 17 anos com alguns tipos de deficiências auditivas, matriculadas em escolas públicas, passam a ter direito de receber do SUS um equipamento que auxilia a ouvir a voz dos professores.

PEZINHO - O investimento foi anunciado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que cobrou mais atitude social pela inclusão. "O Sistema Único de Saúde está se organizando para que as pessoas com deficiência não tenham limitações. Quem impõe limites a esses brasileiros é a sociedade que não se organiza.”

Segundo o ministro, também haverá liberação de recursos para qualificação de atendimento de pessoas com deficiência em centros odontológicos públicos e transporte acessível exclusivo para condução de pacientes para centros de reabilitação.

Os recém-nascidos também foram incluídos nas medidas, com maior alcance na rede pública para o chamado "teste do pezinho”, que identifica doenças como o hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, doença falciforme e fibrose cística (fonte: UOL).

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