As superstições que podem ajudar o Brasil a conquistar a sexta estrela

Manter a mesma roupa, vestir urso com camisa da Seleção, sentar no mesmo lugar: saiba o que os mais loucos por futebol fazem
sábado, 16 de junho de 2018
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
O repórter do AVS Guilherme Alt: Copa só em casa, na ponta direita do sofá maior da sala (Arquivo pessoal)
O repórter do AVS Guilherme Alt: Copa só em casa, na ponta direita do sofá maior da sala (Arquivo pessoal)

“Se macumba ganhasse jogo, campeonato baiano terminava empatado”, já diz o ditado popular. Mas será que as simpatias combinadas podem fazer um verão? Ou melhor, podem decidir o destino de uma seleção na Copa do Mundo? Há quem acredite fielmente que certas “mandingas” possam mudar a sorte, principalmente, da Seleção Brasileira.

Sorte essa que pode virar contra o “bolso”, como por exemplo, o do Felipe Oliveira, de 28 anos, apaixonado pela seleção. Quando criança, notou que toda vez que via os jogos do Brasil de chuteira, a Seleção ganhava, mas toda vez que assistia de chinelo ou descalço, o Brasil perdia. Foi assim na final da Copa de 98, nas eliminações do Brasil nas Copas de 2006, 2010 e 2014. No título de 2002, Felipe estava todo caracterizado e o Brasil foi pentacampeão. Vai uma vaquinha pra comprar uma chuteira aí, Felipe?

Falando em vestimenta, Vanessa Benvenuti de Ornellas é daquelas que não testa a sorte mais de uma vez. De 4 em 4 anos a empolgação toma conta da fisioterapeuta. Apesar de gostar de se enfeitar em dias de jogo da Seleção, Vanessa aposentou a amarelinha depois do 7x1. Agora ela veste qualquer camisa, menos a do Brasil. Fazemos voto de que Vanessa esteja com muitas opções em seu guarda roupa.

Tem camisa que dá azar e tem camisa que dá sorte, como é o caso de Luiz Felipe Bastos. O lumiarense gosta sempre de assistir uma Copa com a camisa da seleção... adversária. De acordo com Luiz, essa superstição não falha. Em 2014 ele colocou uma camisa da Argentina e assim foi em todos os jogos, ou melhor, em quase todos. “Posso falar com toda certeza que estava tudo dando certo. No dia do 7x1 eu não usei a camisa e o resultado foi esse que todo mundo sabe”. Para 2018, a camisa escolhida foi a da anfitriã Rússia. Fazemos votos de que Luiz Felipe mantenha a camisa vermelha sempre a postos, pelos próximos 30 dias.

Ursos de estimação

O Ursão do Shopping Cadima já está preparado para a Copa do Mundo. Depois de virar Papai Noel, Coelho, e fazer uma homenagem aos 200 anos de Nova Friburgo, o Ursão agora vai ser o mascote friburguense na torcida rumo ao Hexa. Com a camisa verde e uma bandana com a bandeira do Brasil, o Ursão já está pronto para dar sorte pro Brasil.

Falando em urso, tem família que adotou um outro peludão como mascote, há algumas Copas. Mais precisamente em 2002. E olha a sorte que deu. Ivy Faria resolveu colocar uma camisa do Brasil para ajudar na vibração positiva, durante as madrugadas na Copa do oriente. E deu tão certo que o urso ajudou a Seleção a conquistar o pentacampeonato. Perguntada sobre a eficácia dessa superstição, em relação às últimas participações do Brasil, a psicóloga é taxativa “Não vejo como uma superstição e sim como um símbolo de confiança, não sei explicar. Acabou virando rotina vestir o urso de Brasil, que além do penta, viu os títulos das copas Américas de 2004 e 2007, Confederações de  2005, 2009, 2013 e o Ouro Olímpico, em 2016”. Então, vista logo esse urso porque com ele o Hexa vem!

O repórter aqui é um poço quase sem fundo de superstição quando se trata de futebol e ainda mais quando se trata de Copa do Mundo. Começando pelo lugar do jogo. Jamais ver em bar ou em ambiente aberto. Copa do mundo é coisa séria e se assiste em casa. Assim como o local, também é de extrema importância, o lugar onde você senta. No meu caso, no sofá maior da sala, na ponta direita, mais distante da TV.

Em 2002, pela Copa ser disputada durante a madrugada, eu assisti praticamente de pijama, o mesmo pijama, e assim, ganhamos a Copa. Durante todo o jogo, nunca comi ou bebi nada, foco total (no intervalo, pode). Tenho o orgulho de dizer que a minha casa nunca viu o 7x1, isso porque, até então, os jogos da Copa eram sempre lá, mas no dia da semifinal contra a Alemanha, resolveram mudar o santuário sagrado para a casa de uma outra pessoa, que nem gostava de futebol. O resultado, vocês já sabem.

 

O Hexa é uma realidade? Compare:

 

2002: Ronaldo, camisa 9 da seleção na época, sofreu uma lesão poucos meses antes da Copa mas recuperou-se a tempo de jogar o Mundial.

2018: Gabriel Jesus, camisa 9 da seleção atualmente, sofreu uma lesão poucos meses antes da Copa mas recuperou-se a tempo de jogar o Mundial.

 

2002: Emerson, capitão do time e homem de confiança de Felipão na época, se machucou e precisou ser cortado da Seleção

2018: Daniel Alves, capitão do time e homem de confiança de Tite atualmente, se machucou e precisou ser cortado da Seleção.

 

2002: Costa Rica no grupo do Brasil. Nigéria no grupo da Argentina. Dinamarca no grupo da França.

2018: Costa Rica no grupo do Brasil. Nigéria no grupo da Argentina. Dinamarca no grupo da França.

 

2002: Roberto Carlos, lateral-esquerdo da Seleção na época, considerado por especialistas o melhor do mundo na posição, era titular absoluto e ídolo do Real Madrid. No ano da Copa, conquistou a Liga dos Campeões com o clube espanhol.

2018: Marcelo, lateral-esquerdo da Seleção atualmente, considerado por especialistas o melhor do mundo na posição, é titular absoluto e ídolo do Real Madrid. Neste ano conquistou a Liga dos Campeões com o clube espanhol.

 

2002: Ronaldinho Gaúcho era o camisa 10 do PSG.

2018: Neymar é o camisa 10 do PSG.

 

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