Substituição de sacolas plásticas no comércio ainda não pegou

segunda-feira, 06 de dezembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Amine Silvares

As sacolas plásticas fazem parte do dia a dia da sociedade. Elas estão nos supermercados, lojas, restaurantes, farmácias e todo tipo de estabelecimento comercial. A lei 5.502, que começou a valer em julho deste ano, ainda não conseguiu atingir o grande público, quase seis meses depois de entrar em vigor. O grande empecilho para a extinção do material é a resistência dos consumidores, que reclamam da falta de praticidade dos substitutos.

A determinação exige que as sacolas plásticas, compostas de polietilenos, polipropilenos ou similares, sejam substituídas por bolsas retornáveis ou biodegradáveis. O período para a substituição vai de um a três anos, variando com o tamanho da empresa. Microempresas têm até três anos para cumprir a norma, pequenas empresas têm dois anos e empresas de médio e grande porte têm um ano, a partir do dia 16 de julho de 2010, para acatar a lei.

As sacolas plásticas, tão nocivas ao meio ambiente, fazem parte do cotidiano das donas de casa. Elas são reutilizadas nas residências para depositar lixo, ganhando uma segunda função. Com o fim das sacolas, uma das preocupações é, exatamente, o que usar nas pequenas lixeiras ao lado da pia da cozinha, como afirmou Marlene Cruz, 66 anos. De acordo com a aposentada “essas sacolinhas são muito práticas e ajudam muito em casa”.

Dentre os supermercados consultados pela reportagem de A VOZ DA SERRA, todos disseram já ter começado a implantar a medida. No entanto, eles também destacaram a resistência dos próprios consumidores para acatar a norma. A falta de praticidade das sacolas retornáveis inibe sua utilização, já que, muitas vezes, as compras acontecem por impulso. Outro fator que dificulta a adesão dos mercados é a dificuldade em achar bons fornecedores do material. Mas o maior obstáculo para a medida dar certo continua sendo a conscientização dos consumidores.

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