Suavidade e beleza na ginástica rítmica

sexta-feira, 16 de novembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Suavidade e beleza  na ginástica rítmica
Suavidade e beleza na ginástica rítmica

Juliana Scarini

Reconhecida como modalidade olímpica em 1984, a Ginástica Rítmica (GR) é um esporte que alia coordenação motora, raciocínio rápido, ritmo, sociabilidade, lateralidade, equilíbrio, organização espacial e postura. Com tantos benefícios, a professora Claudia Badaró Massena afirma que quanto mais cedo a menina começa a praticar o esporte, mais rápido adquire técnicas, além de auxiliar na sua formação corporal.
Muito confundida com a ginástica artística, a GR é uma modalidade mais nova e mais moderna, sendo praticada somente por mulheres em competições. Sempre em harmonia com a música, este esporte permite uma série de movimentos corporais, coordenados com o manuseio dos instrumentos da modalidade: arco, fita, bola, maças e corda.
“Eu costumo dizer que a ginástica rítmica exige muito raciocínio, pois não é fácil fazer um rolamento, lançar uma bola e pegá-la ao final do movimento. Tudo isso com técnica, ritmo e em harmonia com a música”, esclarece Claudia, apontando que o estímulo ao raciocínio rápido é um dos principais benefícios do esporte.
Claudia também faz questão de diferenciar os tipos de ginástica. A artística une acrobacia e força nos aparelhos, já a rítmica tem acrobacia, dança e aparelhos manuais, além da suavidade dos movimentos, que tem como base o balé. A partir dos três anos de idade já é possível matricular a aluna nas aulas de GR, onde são desenvolvidas atividades de iniciação ao ritmo. Aos seis anos, já com maior desenvolvimento da coordenação motora, a aluna já está apta a executar a ginástica rítmica propriamente dita.
Outra vantagem da modalidade é o baixo custo dos aparelhos. A fita, por exemplo, pode ser feita em casa, assim como o arco e a corda, que são facilmente encontrados. No entanto, a prática do esporte na cidade ainda tem muito para avançar, principalmente, pela falta de profissionais da área. “Essa é uma modalidade super-rica, que acaba se perdendo porque muitos alunos de educação física não conhecem o esporte”, lamenta Claudia, afirmando ainda que a ginástica rítmica não está presente na grade curricular da maioria das universidades do país. Em Nova Friburgo, a situação não é diferente. 
“As universidades aqui da cidade estão desperdiçando a oportunidade de oferecer mais uma opção para a formação do aluno, o que lhe permitiria expandir e implantar a GR nas escolas, em clubes ou projetos culturais e esportivos, por um custo baixo, podendo, inclusive, utilizar materiais alternativos e confeccionados pelos próprios alunos”, explicou a professora.
Para quem quiser conhecer a ginástica rítmica, Cláudia está preparando uma apresentação para o dia 30 de novembro, às 18h. Com o tema “Coisas do Brasil”, contará com a participação de 50 meninas, da educação infantil ao 3º ano, que entrarão em cena numa apresentação rica em detalhes nas coreografias e no cenário.
As aulas de GR são realizadas por Claudia Badaró Massena no Ginásio Poliesportivo Santa Paula Frassinetti, do Colégio Nossa Senhora das Dores (CNSD), às terças e quintas, das 12h10 às 13h10 e das 17h40 às 18h40. O valor é R$ 70 e as alunas do CNSD ganham desconto na mensalidade. Mais informações pelo telefone (22) 9253-9609.


Sobre a professora Claudia Badaró Massena

Claudia atua na cidade há 15 anos com aulas de educação física e ginástica rítmica. “Lá pelos 11 anos, frequentadora assídua do Tijuca Tênis Clube, conheci a Ginástica Rítmica. Naquela época, a professora Eliza Rezende realizava festivais, reunindo centenas de ginastas no ginásio do clube”, contou, lembrado que ficava encantada com a beleza e a coragem das meninas que lançavam bolas, arcos, pulavam, rolavam e manuseavam fitas como se fosse mágica. “Procurei a professora e me inscrevi. Participei, viajei, competi (apesar de não ser a minha praia), dei aulas, fui auxiliar técnica e me tornei amante da GR”, revelou.
Com licenciatura plena pela Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), também já foi bailarina e professora de jazz dance e dança moderna do Studio & Cia Ballet de Nova Friburgo, além de coordenadora de Educação Física e Ginástica Rítmica do Instituto Guanabara – Grupo Miguel Couto.
“Ano que vem faço 15 anos de Colégio Nossa Senhora das Dores e já estou pensando nas comemorações”, destacou Cláudia, que também já deus aulas no Colégio Externato Santa Ignêz e foi integrante da equipe responsável pela elaboração do projeto Encontro Sesc de Dança.

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