Solenidade lembra os 148 anos de nascimento de Euclydes da Cunha

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
por Jornal A Voz da Serra

Gilmar Marques

Para marcar os 148 anos de nascimento do escritor Euclydes da Cunha, que nasceu em Cantagalo, em 20 de janeiro de 1866, a Secretaria Municipal de Cultura promoveu nesta data uma solenidade na Praça João XXIII, no centro da cidade, onde está implantada uma herma do escritor. 

O escritor ganhou notoriedade no mundo inteiro pela obra prima ‘Os Sertões’, lançada em 1902, embora também seja autor de outros importantes títulos, como ‘Peru versus Bolívia’, ‘À Margem da História’, ‘Contrastes e Confrontos’, além de ter deixado uma caderneta de poesias intitulada ‘Ondas’.

 O gestor do Ponto de Cultura Os Serões do Seu Euclides, Rick Azevedo da Cunha, chamou a atenção para a necessidade de tornar Euclydes da Cunha acessível aos mais jovens, trabalho que já vem sendo feito pelos grupos jovens do município, que inclui estudiosos, admiradores, professores e escritores. Na mesma linha de raciocínio, falou Matheus Lucas de Arruda Câmara, da Juventude Euclidiana.

 Alex Vieitas, presidente do Grupo Euclidiano de Atividades Culturais (Geac), aproveitou para lembrar que a Casa de Cultura de Euclydes da Cunha está fechada há quase um ano e que alguma coisa precisa ser feita. O mesmo foi dito pela ex-diretora da casa, Fany Pinheiro Teixeira Abrahim. A Casa de Euclydes da Cunha é um museu dedicado ao escritor e que conta um pouco de sua vida e obra, além de conservar objetos pessoais e, o mais importante, o cérebro embalsamado do escritor.

 Por último, a secretária interina de Cultura, Ana Paula Giron, esclareceu alguns pontos sobre o fechamento do museu, que não pertence ao município, mas ao governo do Estado. Segundo ela, o processo de municipalização do local está completando dez anos e nunca teve uma solução definitiva por parte da Secretaria Estadual de Cultura. 

"Somente agora, na nossa gestão, é que o Estado acenou com a possibilidade de entregar a Casa de Euclydes da Cunha à prefeitura, mas a burocracia é tão grande que o museu foi fechado. Equipes e mais equipes visitam o local para inventariar tudo que lá existe, uma montanha de papel é produzida, reuniões e mais reuniões são realizadas, tanto no Rio de Janeiro quanto aqui, e não se chega a um denominador”, explicou Ana Paula.

 De acordo com a secretária, a prefeitura quer assumir o museu, até porque o próprio Estado disse que, caso contrário, fechará a Casa de Euclydes da Cunha para sempre. 

"Não podemos deixar que isso ocorra, tanto que o prefeito Saulo Gouvea  disse, na hora, que assume a casa, só que isso não pode ser feito sem que o governo do Estado conclua o inventário e oficialize, em documento, a municipalização. Nós não podemos, mesmo que queiramos muito, entrar e assumir o museu simplesmente porque ele está fechado. Agora, como o município completa 200 anos em março, gostaríamos muito de incluir a Casa de Euclydes da Cunha no nosso roteiro cultural durante o evento. Este é mais um argumento que estamos usando para convencer a Secretaria Estadual a acelerar a entrega da casa ao município. Esperamos obter êxito nessa empreitada, antes de março”, informou Ana Paula. 

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