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Sob tensão e bate-boca, Câmara transfere julgamento de Dermeval para quinta-feira
sexta-feira, 29 de junho de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Prazo de 72h é para que vereadores suplentes tenham acesso ao processo de cassação
A Câmara adiou para quinta-feira, 28, 9h, o julgamento do prefeito afastado Dermeval Barboza Moreira Neto (PTdoB), iniciado ontem de manhã. A transferência por 72h foi aprovada pelo plenário, por 6 votos a 5, para que os dois vereadores suplentes, Jorge Carvalho (PTdoB) e Samuel Grassini (PDT)—substitutos de Vanor Breder Pacheco (PSC) e Marcelo Verly (PSDB, respectivamente, que se declararam impedidos por terem participado do governo Dermeval—possam ter acesso ao parecer elaborado pela Comissão Processante da Câmara que sugere o impeachment do prefeito afastado.
Votaram a favor do adiamento, além de Jorge e Samuel, os vereadores Renato Abi-Ramia (PMDB), Marcos Medeiros (PTB), Isaque Demani (PR) e Reinaldo Rodrigues (PR). Em posição oposta, Pierre Moraes (PDT), Edson Flávio (PR), Cláudio Damião (PT), Manoel Martins (PSD) e Marcio Damazio (PSD).
Dermeval Neto cumpriu a promessa de comparecer ao julgamento. Ele permaneceu sentado na primeira fila da assistência ao lado de ex-auxiliares. Na sua opinião, o adiamento “foi o primeiro ato de legalidade” no processo aberto contra ele, disse em tom crítico à CP como também à CPI. O prefeito afastado passou a maior parte do tempo olhando diretamente para os vereadores que, visivelmente, evitaram a reciprocidade. Uma situação, no mínimo, constrangedora. Notória também foi a presença maciça na assistência de pessoas ligadas ao prefeito afastado.
A breve sessão de ontem foi tensa desde o primeiro minuto até o seu fim, com vários bate-bocas, tendo como principal personagem o ex-líder do governo Dermeval Neto, Jorge Carvalho. O início do julgamento foi atrasado em uma hora e meia, até a chegada de uma guarnição da PM. E logo Jorge Carvalho fez um pedido de vistas aos documentos por 10 dias, mesmo período dado aos demais vereadores titulares que tiveram acesso ao parecer da CP no último dia 14.
Ele alegou só ter sido notificado oficialmente para participar do julgamento na última quinta-feira, 21, e não ter tido acesso ao parecer da CP propondo o impeachment de Dermeval. O presidente da Câmara, Luciano Faria (PDT), contra-argumentou sugerindo prazo “de três horas”. Os ânimos ficaram ainda mais exaltados. Aos gritos, o advogado do prefeito afastado, Hamilton Sampaio, sustentou um meio-termo, de suspensão por 72h, levada à votação da Câmara e aprovada.
O novo round nesta batalha política já está marcado: A Câmara cassará ou não Dermeval Neto na próxima quinta-feira?
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