Toda época de chuva a triste cena se repete para os cerca de 30 moradores da localidade conhecida como Refúgio das Pedreiras, próximo a Toledo, no distrito de Amparo. A comunidade procurou a redação de A VOZ DA SERRA para denunciar o total abandono do lugar. De acordo com os moradores, o trecho da Estrada Velha do Amparo, que liga o Refúgio à Estrada João Heringer (acesso à Vargem Alta) e ao Loteamento Tiradentes, no Amparo, se encontra novamente intransitável por causa das chuvas dos últimos dias. Os motoristas que se arriscam a trafegar pela via enfrentam verdadeiros desafios em meio à grande quantidade de lama.
Na maioria das vezes muitos veículos atolam no meio do caminho sinuoso e de relevo acidentado. Como a estrada recebe grande volume das águas das chuvas de várias encostas e não possui um sistema de drenagem, parte do acostamento e até mesmo da pista de rolamento já afundou em vários trechos, o que coloca ainda mais em risco pedestres e motoristas. O transporte escolar por van da Secretaria Municipal de Educação também teve que ser suspenso temporariamente devido às condições da estrada, obrigando os estudantes a ter que caminhar em meio à lama até as escolas Mário Calderaro e da Fazenda Bela Vista.
A grave situação tem obrigado até mesmo moradores que têm carros a deixá-los em casa e caminhar aproximadamente dois quilômetros em meio à lama, até a Estrada João Heringer, ou outros dois quilômetros até o Loteamento Tiradentes, no Amparo, para embarcar num ônibus em direção ao centro da cidade. Sem contar o transtorno de ter que trocar de calçado e, às vezes, até de roupa, após a caminhada na lama, quem volta para casa do trabalho à noite ainda enfrenta outra dificuldade: a falta de iluminação.
Como os postes que sustentam a rede de distribuição de energia não têm pontos de luz na maior parte do trecho da Estrada Velha do Amparo, os moradores têm que se arriscar na lama e escuridão. Alguns têm até que sair do trabalho mais cedo para conseguir chegar em casa antes do anoitecer. “É um caos sair e chegar em casa. O pior é que todo ano é a mesma coisa. Já fizemos reclamações à Prefeitura sobre o estado da estrada, mas agora, no período das chuvas, não há como fazer nada. Infelizmente, toda manutenção da estrada só é feita após o período de chuvas. Passa-se o período de seca novamente e quando voltam as chuvas todo o transtorno se repete. É muito difícil viver aqui. Com as chuvas ficamos totalmente isolados e abandonados”, desabafa um morador da localidade.
A comunidade observa ainda que, há cerca de um mês, caminhões da Prefeitura descarregaram manilhas e material de construção para fazer galerias de captação das águas de chuva no acostamento da estrada, mas o serviço não foi iniciado. O jeito, por enquanto, é enfrentar a lama.
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