O presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêea Vieira, reuniu nesta sexta-feira, 15, prefeitos fluminenses e empresários para defender a reforma da Previdência. Durante o evento, que reuniu mais de 60 prefeitos, o economista-chefe da Firjan, Guilherme Mercês, fez a apresentação "Previdência, ajuste fiscal e crescimento econômico" e mostrou aos representantes municipais os possíveis impactos negativos nas contas públicas da União, estados e municípios caso a reforma não seja aprovada no próximo ano.
O evento marcou os 20 anos do movimento “Reformas Já”, lançado pela Firjan em 1997 e que já defendia mudanças na Previdência. Desde então, a Firjan vem pedindo que o governo federal e o Congresso promovam as reformas estruturais necessárias para o país.
Em sua apresentação, Mercês afirmou que o déficit na Seguridade Social chega a R$ 166 bilhões. Ele lembrou que cerca de mil municípios brasileiros estão muito próximos do limite prudencial de gastos públicos e que quase 600 cidades já ultrapassaram esse limite. “No caso do Rio de Janeiro, o orçamento aprovado pela Assembleia Legislativa é voltado para despesas com pessoal. Se houver um colapso nas contas públicas do estado, os municípios são os primeiros a sofrer restrições”, acrescentou.
O prefeito de Nova Friburgo, Renato Bravo, disse que a ação da Firjan é essencial. “Nosso compromisso é fazer com que a reforma seja efetiva para trazer os benefícios, principalmente para os municípios que estão bastantes prejudicados nesse momento de recessão”.
O deputado federal Julio Lopes (PP-RJ) defendeu a mobilização promovida pela Firjan como forma de pressionar os parlamentares a aprovarem a reforma da Previdência o mais breve possível. “Precisamos do apoio dos prefeitos e dos empresários e essa mobilização pode fazer a diferença”, disse o político.
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