O Fórum Sindical Popular de Nova Friburgo intensificou nesta semana a mobilização de convocação de trabalhadores e da população em geral para o ato público desta sexta-feira, 31. O evento será às 17h, no obelisco da Praça Dermeval Barbosa Moreira, no Centro, e compõe o movimento nacional contra as reformas da previdência social e trabalhistas.
“Queremos mostrar que o movimento social de Nova Friburgo está antenado com a pauta nacional e lutaremos para garantir os nossos direitos e a manutenção de nossa expectativa de um dia nos aposentar”, afirma Edil Nunes de Barros, um dos representantes do Fórum Sindical e organizadores do evento.
Edil destacou ainda que “dia 31 de março é a data nacional contra as reformas do governo Temer. Em Nova Friburgo já fizemos um grande ato no último dia 15, mas desta vez precisa ser ainda maior. Convoque seus amigos do trabalho, seus familiares e conhecidos. Só com as trabalhadoras e trabalhadores na rua será possível barrar os retrocessos do governo federal”, afirma.
De acordo com um representante do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-NF), Rodrigo Inácio, a proposta é que seja feito o ato público nesta sexta-feira no município e uma greve geral, acompanhando o movimento nacional, no dia 28 de abril. “Ainda não tem nada certo. Pensamos nesse movimento antes de sair o acordo nacional, por isso, esse ato não deve ter paralisação das atividades de nenhuma categoria”, disse.
Além dos representantes do Fórum Sindical e do Sepe, farão parte do movimento membros do Conselho Municipal das Associações de Moradores (Comamor); do Sindicato dos Professores (Sinpro) de Nova Friburgo e Região; Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe); além de profissionais dos sindicatos dos trabalhadores metalúrgicos; das indústrias de fiação e tecelagem; indústrias do vestuário; saúde e previdência (Sindsprev); químicos; construção civil; bancários; empregados no comércio hoteleiro e similares; do sindicato dos marceneiros, entre outras categorias.
Greve no país e proposta de terceirização
Em nota divulgada no início desta semana, a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, também anunciou a convocação imediata das centrais sindicais para uma greve geral no país. Além de ter na pauta a reforma na previdência, o movimento luta também contra o projeto de lei da terceirização, o PL 4302, aprovado na última quarta-feira, 22.
“Aos que podem se iludir que a aprovação da terceirização pode gerar emprego, é preciso dizer que não. A terceirização não gera emprego”, diz trecho do documento. Na prática, significa trabalho com salários mais baixos, maior jornada, menos direitos trabalhistas e péssimas condições de trabalho”, diz trecho do documento. O mesmo, no entanto, não informa a data prevista para a greve.
A reforma da Previdência
O governo de Michel Temer (PMDB) encaminhou ao Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que trata da reforma da Previdência no Brasil. De acordo com o novo texto, que ainda está em apreciação no Congresso Nacional, será fixada a idade mínima de 65 anos para solicitação da aposentadoria e o tempo mínimo de contribuição aumenta para 25 anos. Atualmente não existe idade mínima para aposentadoria e o tempo mínimo de contribuição é de 15 anos.
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