Sindestado divulga nota em resposta a protesto

segunda-feira, 12 de agosto de 2013
por Jornal A Voz da Serra

O impasse entre representantes de trabalhadores e empresários no comércio de combustíveis parece longe de terminar. Na esteira das cartas divulgadas semana passada pelo Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Sinpospetro) convocando os trabalhadores do setor a tomarem parte nos protestos organizados em diversas cidades fluminenses, agora foi a vez do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência (Sindestado), representante dos empresários do setor, divulgar nota sobre o atual estágio das negociações.

"Ficamos surpresos com tal iniciativa dos sindicalistas uma vez que se encontra em pleno andamento o processo de negociações para uma nova convenção coletiva de trabalho”, afirmou o presidente do Sindestado, Ricardo Lisboa Vianna. "Recebemos as reivindicações dos trabalhadores e as apreciamos com todo o respeito. O grande problema é que o Sindicato dos Trabalhadores exige que nós, patrões, façamos uma cobrança ilegal, em favor deles, de dois por cento sobre os salários de todos os trabalhadores da categoria, sindicalizados ou não. Desde o dia 18 de julho uma decisão do Ministério Público do Trabalho determinou que nós, do sindicato patronal, nos abstenhamos — sob pena de multas diárias — de assinar qualquer cláusula que importe em descontos de trabalhadores não sindicalizados. Eis aí o impasse. Para continuar as negociações o sindicato de empregados ficou de adequar esta cobrança, mas até o momento não apresentou uma solução”, continuou o presidente.

"Quanto à manifestação e a uma eventual greve, não há o que discutir, pois são direitos de uma sociedade democrática. Porém há regras a cumprir — ainda mais quando se trata de um serviço essencial à população, como os postos de combustíveis, que não podem ficar sem funcionar — sendo que o sindicato patronal não recebeu nenhuma comunicação oficial. O Sindestado-RJ vai aguardar com serenidade o desdobramento dos fatos, e acredita no prosseguimento das negociações para a celebração da nova convenção coletiva”, encerrou Ricardo Lisboa Vianna. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade