Sexta-feira 13: o dia mais azarado do ano?

Descer da cama com o pé direito, ter cuidados com espelhos e escadas são algumas dicas de quem não gosta da data
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
por Dayane Emrich
Sexta-feira 13: o dia mais azarado do ano?

Se você é do tipo supersticioso, com certeza, não acordou otimista hoje, afinal, é sexta-feira 13, o dia mais azarado do ano, certo? Na verdade, não é possível afirmar isso, tampouco a origem dessa crença, já que são inúmeras as justificativas para explicar a falta de sorte desse dia.

De acordo com algumas histórias, Jesus Cristo foi perseguido em uma  sexta-feira e o número 13 também teve participação marcante em sua vida. Um exemplo disso é que pouco antes de ser crucificado no penúltimo dia da semana, Jesus celebrou uma ceia que, ao todo, contava com 13 participantes. Há ainda explicações que remontam à consolidação do poder monárquico na França — quando houve perseguição a uma ordem religiosa, chamada Cavaleiros Templários, na sexta-feira 13 de outubro de 1307. 

Outra interpretação está baseada em uma lenda nórdica sobre um banquete onde se reuniram 13 divindades. O deus Odin teria organizado o encontro, sem convidar Loki, deus da discórdia e do fogo. Ao ficar sabendo do banquete, Loki teria armado uma confusão que terminou na morte de um dos convidados. 

Também assustadora, outra lenda conta que a maldição da sexta-feira 13 tem a ver com o processo de cristianização dos povos bárbaros que viviam na Europa no início do período medieval. Segundo a história, antes de se converterem à fé cristã, os escandinavos eram politeístas e tinham grande estima por Friga, deusa do amor e da beleza. Com o processo de conversão, passaram a amaldiçoá-la como uma bruxa que, toda sexta-feira, se reunia com 11 feiticeiras e o demônio para rogar pragas contra a humanidade. E por aí vai…

Independentemente da origem da sexta-feira 13, por medo da data, muitas pessoas criaram hábitos para evitar surpresas desagradáveis ao longo deste dia. É o que conta a estudante universitária Carolina Oliveira, de 23 anos. “Muita gente fala que é bobagem, mas eu já tive experiências ruins nesta data, e desde então, não gosto quando ela chega”, disse, revelando que tem mania de descer da cama com o pé direito e carregar na bolsa um amuleto da sorte.

Anderson de Paula Moura, 36, também não brinca quando o assunto é sorte. “Eu não gosto do número 13. Sou supersticioso, sim, e faço de tudo para não passar debaixo de uma escada, não quebrar um espelho ou passar por um gato preto. Na sexta-feira 13 então, se não for necessário, nem saio de casa. Se for obrigado, levo comigo um potinho de sal grosso”, disse. 

A comerciante Anna Laura Pereira Fontes, de 27 anos gostaria de pular a data no calendário. “Faço aniversário no dia 13 de agosto e já tive que comemorar várias vezes na tal sexta-feira 13. Não tem como mudar isso, mas eu não gosto. Aliás, não gosto de nenhuma sexta-feira que seja 13. Sei lá, acho um dia muito carregado e as coisas tendem a dar errado. Mas, não tem o que fazer; não posso me enfiar numa bolha e deixar de trabalhar, sair, evitar gatos e espelhos. O jeito é torcer para o dia passar bem depressa”, contou.

A má notícia para Carolina, Anderson, Anna Laura e mais todos os que acreditam no mau-agouro da sexta-feira 13 é que esta não é a única deste 2017 que está apenas começando. A data vai se repetir em outubro. Por isso, depois de hoje, guardem os amuletos, ferraduras e símbolos de sorte para o próximo dia azarado de 2017.

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