Sete bilhões de vizinhos

sexta-feira, 11 de novembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Carlos Emerson Junior

carlosemersonjr@gmail.com

No dia 31 de outubro de 2011 atingimos uma marca histórica: agora somos 7 bilhões de habitantes no planeta! Quando nasci, em 1950, eramos dois bilhões e meio de pessoas. Cinquenta anos depois, esse número mais do que duplicou e a previsão é cheguemos aos dez bilhões antes de 2100. Para nossa sorte, a explosão demográfica que tanto nos apavorou nas décadas de 50 e 60, não se confirmou.

No entanto, segundo o secretário-geral da ONU, não há nenhum motivo de alegria: “Vivemos em um mundo contraditório, onde um bilhão de pessoas passam fome”. E mais: “Serão sete bilhões de habitantes que vão precisar de alimentos e energia, além de boas oportunidades de educação, direitos humanos e liberdade para criar seus filhos em paz e segurança”.

Aliás, o Fundo de População da ONU (UNFPA) alerta que o mundo enfrentará crescentes obstáculos para criar empregos para as novas gerações, especialmente nos países mais pobres. A mudança do clima irá agravar as crises de fome e seca e faltam ações no campo da saúde, segurança, consumo, urbanização e meio ambiente.

Igualmente interessantes, os dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) acusam um aumento nas emissões de gás carbônico (CO²), aumento da temperatura global, do número de catástrofes naturais reportadas e do nível do mar. O consumo de recursos naturais aumentou 40% em apenas 20 anos!

Ao mesmo tempo, devido a migração para os grandes centros urbanos, as cidades incham. Tóquio (Japão) é a maior cidade do mundo, com 36,7 milhões de habitantes, seguida por Nova Deli (Índia) com 22,2 milhões, a nossa São Paulo com 20,3 milhões, Mumbai (Índia) com 20 milhões e a Cidade do México com 19,5 milhões.

O Brasil contribui com uma população de 191 milhões de habitantes. Em minha opinião já está mais do que na hora de discutir seriamente o planejamento familiar, uma obrigação do estado e dever do cidadão consciente. Infelizmente, além desse assunto ser um tabu, perdemos o foco e gastamos nosso tempo com os “malfeitos” dos governos de plantão.

Somos sete bilhões de vizinhos com costumes e línguas diferentes, tentando tocar a vida neste enorme condomínio que é o Planeta Terra. Hoje, com a informação mais rápida e democrática, sabemos imediatamente tudo o que está acontecendo em todas as partes do mundo. Nunca estivemos tão próximos e esta, com certeza, é a boa notícia!

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Pois é, aqui em Nova Friburgo somos quase 183 mil, temos a felicidade de morar em uma bela cidade mas alguém pode me explicar por que as nossas calçadas são tão mal cuidadas? E não é por falta de reclamação não, constantemente a mídia local dá o devido destaque a esse desleixo que tanto depõe tanto contra nós.

A conservação dos passeios é responsabilidade do proprietário do imóvel. Só que isso dá margem a uma série de desencontros, como a falta de padronização e conservação, sem falar na turma que sequer se dá ao trabalho de construir uma passagem para os pedestres. Em alguns locais são tão estreitas que um simples poste de luz já dificulta a circulação.

E piora, meus caros: é muito comum encontrarmos ruas ou estradas em áreas urbanas sem nenhum tipo de passeio. Pontos de ônibus são colocados em recuos e o cidadão é obrigado a andar no meio da rua, junto com os veículos. Parece que a cidade foi feita apenas para quem está motorizado, não é mesmo?

Eu sei que Nova Friburgo tem uma série de outras prioridades mas em nome de idosos, crianças, mães com carrinhos de bebês, portadores de necessidades especiais e todo mundo que precisa andar a pé, vamos colocar as calçadas na nossa agenda e pedir, se não for muito, uma boa fiscalização!

Da mesma forma, apelo ao bom senso e educação dos motoristas para que evitem estacionar sobre os passeios. Além de ser uma infração grave prevista no CNT—Código Nacional de Trânsito—, passível de multa e reboque, é um desrespeito ao pedestre, colocando sua vida em risco e danificando o patrimônio público.

Ruas funcionais, seguras e bonitas fazem muito bem para a nossa autoestima.

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