Servidores do INSS em Friburgo aderem à greve nacional

Apenas atendimentos agendados previamente pelos segurados são realizados
quinta-feira, 23 de julho de 2015
por Alerrandre Barros
Servidores do INSS em Friburgo aderem à greve nacional

Os servidores da agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no centro de Nova Friburgo, iniciaram, nesta quinta-feira, 23, uma paralisação de dois dias na cidade em comum acordo com a greve nacional da categoria. Os profissionais estão atendendo somente os contribuintes que agendaram os atendimentos. Na segunda, 27, uma nova assembleia será realizada e, se as solicitações dos funcionários forem atendidas pelo governo federal, os trabalhadores retomarão as atividades em todo o país. A greve nacional foi deflagrada no dia 7 de julho. 

O contribuinte que não foi atendido durante o período da greve terá o reagendamento feito pela própria agência, informa o Ministério da Previdência Social. O segurado poderá confirmar a nova data pelo telefone de atendimento 135, no dia seguinte em que seria atendido. O órgão ainda esclareceu que o INSS vai considerar a data originalmente agendada como o dia de entrada do requerimento, para evitar prejuízo financeiro nos benefícios do segurado.

Segundo o técnico do seguro social, Reginaldo Antonio de Moraes, os servidores do INSS reivindicam reajuste salarial de 27%, além de incorporação da gratificação de desempenho de atividade no salário e concurso público para ampliar o quadro de pessoal. “A principal pauta é da gratificação, mas há outras como o vale-refeição que está congelado há quatros anos, a falta da capacitação laborativa e melhores condições de trabalho. O sistema que usamos para atender os segurados é lento e arcaico. Nós não conseguimos atender as pessoas com agilidade por causa disso”, reclama o profissional, que trabalha há 42 anos no INSS, em Friburgo. 

Balanço da greve do INSS

Na última reunião com o comando nacional de greve, o governo federal ofereceu aos servidores reajuste de 5,5% em 2016 e aumentos anuais, sempre em janeiro, que em quatro anos totalizariam 21,3%, além de reajustes nos benefícios, entre eles o tíquete-refeição (de R$ 374 para R$ 426) e auxílio-creche (de R$ 180 para R$ 320). A proposta, entretanto, foi rejeitada na íntegra pela categoria.

De acordo com o Sindsprev/RJ, a partir de então o governo não apresentou nova proposta. Apesar de não haver avanço, já foram realizadas 54 reuniões de negociação. “Isto mostra o quanto o governo Dilma está enrolando os servidores, a partir da política de arrocho fiscal. Só vai haver avanço se os trabalhadores fortalecerem e ampliarem a greve”, afirmou Júlio Tavares, do Comando de Greve Estadual Unificado INSS e Saúde Federal.

O Ministério da Previdência Social divulgou na tarde desta quarta-feira, 22, que 1.605 agências do país aderiram ao movimento — 466 estavam fechadas e 593 ofereciam atendimento parcial. O balanço do órgão informa também que 4.143 funcionários de todos os estados do país aderiram à paralisação nacional. Mais de 32 mil servidores trabalham na Previdência Social.

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