Servidores do Detran fazem paralisação em Nova Friburgo

Movimento protesta contra atraso de salários e pacote de austeridade do governo do estado do Rio de Janeiro
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
por Jornal A Voz da Serra
Principal motivo são os atrasos nos salários (Foto: Henrique Pinheiro)
Principal motivo são os atrasos nos salários (Foto: Henrique Pinheiro)

Funcionários do posto de vistoria do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran) de Nova Friburgo paralisaram os serviços na manhã da última segunda-feira, 12. Eles protestam contra o pacote de austeridade do governo do estado, um conjunto de medidas para equilibrar as contas públicas. O posto da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), no entanto, funcionou normalmente e, embora na capital carioca a polícia civil tenha anunciado a interrupção das atividades, em Nova Friburgo os agentes não aderiram ao protesto.

Um dos principais motivos para a paralisação são os atrasos no pagamento dos salários. Conforme divulgado pelo governo estadual, os servidores receberam também nesta segunda-feira a última parcela do salário de outubro, dividido em sete vezes. Já o salário relativo a novembro, conforme a Secretaria de Fazenda, só deve começar a ser pago após o dia 20 deste mês e também será parcelado. Ainda que não tenha sido anunciado o número de parcelas, o secretário estadual da Fazenda, Gustavo Barbosa, acredita que pode passar de janeiro. Somente os servidores da educação e da segurança receberão o salário completo nesta semana.

O pacote inicial proposto pelo governador Luiz Fernando Pezão tinha 22 projetos no formato original. Através de cortes de gastos, elevação de receita (com tributos e contribuição previdenciária) e extinção de programas sociais, a iniciativa tinha como objetivo gerar uma economia de R$ 27,8 bilhões nas contas de 2017 e 2018. No entanto, logo nas primeiras sessões, vários projetos foram rejeitados pelos deputados.

Foi adiada para a próxima quarta-feira, 14, a sessão que discutiria os dois mais importantes projetos que sobraram no pacote: o aumento da contribuição previdenciária de servidores públicos ativos e inativos, de 11% para 14% do salário bruto; e o adiamento, em três anos, dos aumentos salariais concedidos em 2014, sobretudo para os servidores da área de segurança. Na quarta também será votada a medida que adia para 2020 o aumento salarial de algumas categorias de servidores, incluindo os militares, que deveria entrar em vigor em 2017. Nesta terça-feira, 13, deputados votarão o projeto que aumenta o ICMS sobre produtos como bebidas e gasolina.

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