Servidores da educação municipal fazem paralisação nesta sexta

Categoria tenta negociar reajuste salarial e outras reivindicações com o prefeito Renato Bravo
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
por Alerrandre Barros
O protesto de servidores no início do mês em frente à prefeitura (Arquivo AVS)
O protesto de servidores no início do mês em frente à prefeitura (Arquivo AVS)

Em estado de greve desde o início deste mês, professores e profissionais de apoio da rede municipal de ensino de Nova Friburgo decidiram realizar um ato nesta sexta-feira, 22, para cobrar do governo solução para demandas antigas da categoria. A manifestação está marcada para as 10h, em frente à prefeitura.

Os professores querem aumento de salário, que não é reajustado há três anos, segundo o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe). A categoria pleiteia ainda que o plano de carreira seja cumprido e a regularização da reserva de ⅓ da carga horária para o planejamento das aulas, além da migração para o regime estatutário, porque alguns trabalham sob a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Merendeiras, serventes, inspetores, auxiliares de creche também pedem reajuste salarial, mas, principalmente, cobram a regularização do piso, que assim como outros servidores municipais é pago abaixo do salário mínimo nacional. Cobram ainda a criação de um plano de cargos e salários e a regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas semanais.

Segundo o assessor do Sepe, Rodrigo Inácio, o governo enviou para a Câmara Municipal uma lei para regulamentar a jornada de trabalho dos profissionais de apoio, mas o texto teve que voltar para o Executivo porque continha algumas falhas. “O prefeito Renato Bravo tem nos recebido para discutir a pauta. Mas, até esta quarta-feira (ontem, 20), nada de concreto foi definido”, disse.  

A VOZ DA SERRA procurou o secretário de Educação, Renato Satyro, que, por meio de nota, informou que “está em conversa com o sindicato para alinhar as próximas ações”.

Servidores insatisfeitos

O funcionalismo municipal anda pressionando o governo. Na último dia 5, cruzaram os braços por 24 horas em protesto por equiparação salarial, melhores condições de trabalho e plano de cargos e salários. Não foi estimado quantos profissionais de fato interromperam as atividades, mas cerca de 20 participaram de um ato em frente à prefeitura naquele dia.  

O governo recebeu os representantes e afirmou, segundo a coluna Massimo, que realiza um estudo de impacto orçamentário para avaliar a concessão dos reajustes, já que o salário mínimo deve chegar a R$ 985 a partir do próximo ano. A oposição afirma que a prefeitura teria todas as condições de regularizar a situação dos servidores que recebem abaixo do mínimo se cortasse as nomeações e gratificações.

A Federação dos Servidores Públicos Municipais no Estado do Rio (Fesep) vem mobilizando os servidores desde que o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Nova Friburgo (Sinsenf) sofreu intervenção judicial depois de uma irregularidade no processo eleitoral para a nova diretoria, no fim do ano passado.

 

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