Serviço de extensão rural completa 50 anos no estado

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
por Jornal A Voz da Serra

Nesta segunda-feira, 22, o serviço de extensão rural completa 50 anos de atuação no estado do Rio de Janeiro. Foi criado com o nome de Associação de Crédito e Assistência Rural (Acar-RJ), incorporada posteriormente à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio). Desenvolveu-se e mais tarde teve a metodologia prejudicada. Atualmente se restringe aos escritórios regionais nos municípios conveniados à empresa.

A Acar-RJ foi criada graças à iniciativa do então deputado Ewaldo Saramago Pinheiro e do engenheiro agrônomo Maurício Cantalice de Medeiros. Era uma associação que reunia os órgãos representativos das classes produtoras, destacando-se as federações das associações comerciais, das indústrias e das associações rurais, o banco do estado (antigo Berj) e o governo do estado, com o objetivo de levar ao homem do campo e sua família assistência técnica rural e social, contando com equipes de trabalho que reuniam engenheiros agrônomos, médicos veterinários, técnicos agrícolas e assistentes sociais.

A estrutura da Acar-RJ era composta basicamente de um escritório central, baseado na universidade rural, em Itaguaí (hoje, a cidade emancipada de Seropédica), e um escritório local também no município de Itaguaí. Posteriormente, o escritório central foi transferido para Niterói e criado um escritório regional, responsável pela supervisão dos trabalhos realizados em nível municipal. Em 1959 foram abertos mais quatro escritórios, entre eles o de Nova Friburgo, inaugurado pelo então prefeito Amâncio Mário de Azevedo, em dezembro daquele ano.

O serviço de extensão rural inovou a metodololgia de atuação junto ao homem do campo e sua família, introduzindo metodologia demonstrativa e motivacional, visando a obtenção de resultados palpáveis a curto e médio prazos. Além disso, levava às mais longíquas comunidades e famílias rurais orientações sobre alimentação, saúde, higiene e comportamento comunitário, sempre contando com o idealismo de jovens profissionais recém-formados e estímulos diversos que os induzia à aplicação correta e imediata das inovações tecnológicas disponíveis.

Mais tarde, em 1975, a então Acar-RJ, com todo seu corpo técnico e administrativo, foi incorporada à Emater-Rio. Durante o governo Faria Lima a empresa recém-criada obteve apoio e se desenvolveu alcançando praticamente todo o estado, mantendo a mesma filosofia, espírito de equipe e metodologia de trabalho, até então vigente.

Após esse período foram introduzidas mudanças na forma de atuação da administração da empresa e equipe técnicas, desvirtuando, em alguns casos, não por culpa dos técnicos que atuavam nos escritórios locais, a metodologia e os princípios que nortearam a organização da Acar-RJ e a Emater-Rio. Hoje somente as municipalidades que mantêm convênio com a empresa asseguram funcionalidade plena dos escritórios locais.

De uma forma geral, os benefícios que a extensão rural, como método de trabalho, proporcionou à agropecuária fluminense foram notórios, inovando e introduzindo sistemas modernos de plantio e criação e organização rural, com estímulos à criação de associação de produtores e donas-de-casa rurais.

Ao completar 50 anos, a extensão rural deve ser prestigiada pelos governantes em âmbitos municipal e estadual, de modo a assegurar a continuidade desse serviço junto à agropecuária de todo o estado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade