EM BOA HORA o prefeito Renato Bravo tomou a iniciativa de negociar a desapropriação do imóvel onde funciona o Centro de Convivência da Pessoa Idosa, anexo ao Clube de Xadrez, conforme divulgado ontem neste jornal. Evitando que o casarão seja perdido para uma dívida do clube com a concessionária Águas de Nova Friburgo, em torno de R$ 3 milhões, optou por manter o local a serviço da população.
A INSTALAÇÃO do Centro de Convivência, criado pela prefeitura nas instalações do Clube de Xadrez no governo da ex-prefeita Saudade Braga, é um local largamente utilizado pelos idosos e cabe aproveitar a oportunidade da desapropriação para refletir sobre a situação do idoso, seus direitos e dificuldades. Para os que se preocupam com o tema, o envelhecimento significa uma possibilidade de amadurecimento dos atos e das relações sociais, econômicas, culturais e espirituais dessa população.
PALAVRAS como independência, participação, cuidado, autossatisfação, possibilidade de agregar novos papéis e significados para a vida na idade avançada são, resumidamente, palavras-chave dentro de qualquer política destinada aos idosos, em qualquer parte do mundo, no Brasil e também em Nova Friburgo. É preciso, pois, uma atenção redobrada dos governos, em todos os níveis.
TANTAS promessas feitas pelos políticos mostram como é importante a atuação do poder público para suprir as grandes carências da população idosa no país, nos estados e em Nova Friburgo. Aqui, assim como em quase todas as cidades brasileiras o atendimento não supre ao que é solicitado. O idoso é um problema de promoção social do Estado, porém, poucos se dão conta dessa incumbência.
HOJE, A expectativa de vida do brasileiro está em torno de 68 anos, e deverá chegar a 73 anos neste século. Segundo o IBGE, nosso país deverá ter a sexta população mais idosa do planeta no ano 2025. Teremos 34 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que representará 14% de nossa população.
O PROBLEMA do idoso em todo o país, inclusive em Nova Friburgo, está na melhor adequação da infraestrutura pública para atender este contingente. Políticas de inserção devem ser implantadas para que o idoso não se transforme em grupo marginalizado, sem a proteção do Estado. Mais centros de convivência e atendimento diferenciado poderiam ser implantados para este contingente da população que chega, segundo o IBGE, a mais de 20 mil pessoas em nosso município.
O MUNICÍPIO tem se preocupado em oferecer novos espaços de cultura e lazer, beneficiando inclusive os idosos, inserindo a “terceira idade” na vida ativa da cidade. Através de políticas públicas será possível proteger mais o idoso e aprimorar as soluções para uma situação que será agravada no decorrer dos anos.
Deixe o seu comentário