Desde a última quarta-feira, 26, servidores do Poder Judiciário estão em greve por tempo indeterminado em todo o estado do Rio de Janeiro. A categoria cruzou os braços para tentar obter aumento salarial de 5%. Segundo o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (Sindjustiça-RJ), a categoria não tem reajuste salarial há dois anos. Em Nova Friburgo, os trabalhadores também aderiram à paralisação.
Os serventuários da justiça estadual também querem a garantia de pagamento dos 24% de aumento concedido, via ato administrativo, em 2010, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Em setembro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou o reajuste inconstitucional, mas não o suspendeu. Um projeto de lei pode ser enviado à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na próxima semana, para assegurar aos servidores a manutenção dos valores que recebiam antes da votação no STF.
Em meio à crise que pode levar o estado a decretar falência, os serventuários da Justiça são os únicos que estão recebendo os salários em dia. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) considerou o momento inoportuno para greve. No Fórum de Nova Friburgo, na Avenida Euterpe Friburguense, trabalhadores também cruzaram os braços, mas o mínimo de 30%, conforme determina a lei de greve, está trabalhando. Cartórios e serviços essenciais funcionaram, nesta quinta-feira, 27, e audiências aconteceram também.
A adesão à greve é menor na capital do estado. Segundo o diretor-geral do Sindjustiça-RJ, Alzimar Andrade Silva, a adesão foi maior nas comarcas do interior do estado. “Nós estamos sem reajuste salarial desde 2014. Não estamos negociando os cerca de 20% de inflação acumulada no período. Estamos reivindicando 5%. O fato de estarmos recebendo em dia não é nenhuma benesse. É um direito”, disse.
Deixe o seu comentário