A Apae Nova Friburgo realizou sábado, 23, no salão nobre o Colégio Anchieta, o VIII Seminário do Centro Norte Fluminense sobre Educação Especial, com o tema Incluir com Responsabilidade. Foram ministradas as palestras O trabalho e a visão da Apae Nova Friburgo sobre a inclusão das pessoas em deficiência: prevenção, saúde, educação, social, comunicação e direitos e A inclusão no Brasil: o pedagógico e o jurídico, além de apresentações culturais envolvendo música, dança e capoeira dos alunos da Apae. Participaram Flávio Mello, coordenador de divulgação e eventos, Ana Rosa Cordeiro, coordenadora pedagógica, Daniele Keller, coordenadora de saúde, e Vivan Rodrigues, psicopedagoga, todos da Apae, e Maria Mirasselva Freixo, psicopedagoga e mestra em educação.
CAPACIDADE – De acordo com Flávio Mello a parte da manhã do seminário serviu para mostrar o trabalho de inclusão desenvolvido na Apae, com parte da equipe de profissionais da entidade. Diversas apresentações culturais mostraram o quanto os portadores de necessidades especiais são capazes, quando os alunos tocaram instrumentos, dançaram peças do folclore, como congo, jongo e ciranda de Itamaracá, balé e capoeira.
À tarde a professora Mirasselva, que entre outras atribuições leciona na Universidade Candido Mendes, falou aos participantes de Nova Friburgo e várias cidades do estado, sobre aspectos da inclusão. Algumas autoridades prestigiaram o seminário, como o deputado federal Fernando Lopes, e os deputados estaduais Andréa Zito e Olney Botelho, que destinaram recursos para a Apae-NF, além dos vereadores Vanorzinho e Marcelo Verly.
Ouviram a palestrante profissionais de educação e universitários das cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Seropédica, Itaguaí, São João da Barra, Conceição de Macabu, Valença, Três Rios e Itaboraí, Bom Jardim, Cordeiro e Cantagalo.
Houve muita emoção entre os presentes quando viam os alunos da Apae em suas apresentações culturais, que mostraram sua capacidade de aprendizagem, para alegria e emoção também dos familiares e equipe da Apae, cujo trabalho é referência no ensino de pessoas portadoras de deficiência.
DIREITOS – Pesquisadora dos indivíduos portadores de necessidades especiais, Mirasselva falou que nenhum indivíduo pode sofrer constrangimento e preconceito, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases e a Constituição. Todos têm seus direitos garantidos.
Mirasselva também citou que os veículos de comunicação têm responsabilidade social e compromisso com a comunidade no sentido de esclarecimento a fim de evitar o preconceito com relação aos portadores de deficiência, porque o preconceito é gerado devido à desinformação. Todos eles têm direito à saúde, alimentação, educação, profissão, locomoção e respeito a todos os demais direitos. Mirasselva citou o exemplo de um rapaz paralisado cerebral que é aluno do curso de pedagogia da Universidade Candido Mendes em Nova Friburgo.
Famílias que têm portadores de deficiência e alguém que tem conhecimento de algumas dessas pessoas nas redondezas pode pedir ao Ministério Público a exigência, por exemplo, de matrículas em cursos de primeiro ao nono ano. Podem ser procurados também os escritórios de prática jurídica das universidades e a própria Apae, cujo trabalho foi elogiado pela professora.
Deixe o seu comentário