A Sociedade Musical Euterpe Lumiarense (Smel) promoveu, entre 18 e 25 de abril, a Semana do Choro, ampliando as comemorações do dia 23 de abril, considerado o Dia Nacional do Choro, por ser o aniversário de Pixinguinha (1897-1973). Registrado como Alfredo da Rocha Vianna Júnior, Pixinguinha cresceu no bairro do Catumbi, no Rio de Janeiro, em ambiente de grande efervescência musical e tornou-se uma das figuras mais importantes da música popular brasileira.
A semana foi aberta, no dia 18, com exposição fotográfica com os mestres do choro e palestra do músico e pesquisador Rúben Pereira, sobre vida e obra de Benedito Lacerda. No dia 23, houve exibição de uma seleção de filmes em curta-metragem homenageando Pixinguinha. A seleção e apresentação dos filmes foi enriquecida com explanações de Sergio Prata.
O encerramento da semana se deu com espetáculo de rara qualidade com a roda de choro, no sábado, 25 de abril. Quem ganhou foram os moradores locais e os turistas que aproveitavam a sucessão de feriados.
O acontecimento evidencia o quanto as atividades culturais podem significar para o turismo.
Rodas de choro
As rodas de choro de Lumiar são resultado do entrosamento entre a Euterpe Lumiarense e o Instituto Jacob do Bandolim, cujo vice-presidente, pesquisador e cavaquinista, Sérgio Prata, é membro do conselho gestor da banda de Lumiar.
Participaram da roda os músicos Fernando Abi-Ramia, Tiago Prata, e Rúben Pereira, violão de sete cordas, Alexandre Maionese e Guilherme Tardin, flauta, Saulo Dansa, trombone de pisto, Beto Fonseca e Sérgio Prata, cavaquinho, e Orlando Côrtes, pandeiro. O encontro de chorões foi coordenado por Beto Fonseca e Sérgio Prata.
Antes de começar a roda propriamente, a banda da Smel tocou o choro Os Bohêmios, de Anacleto de Medeiros (1866-1907), com arranjo original para banda, cuja partitura foi um presente do Instituto Jacob do Bandolim. Apresentou-se, também, o Quinteto de Metais Arte Itinerante, formado pelos jovens músicos das bandas Euterpe Friburguense e Euterpe Lumiarense, Lucas, trombone de vara, Guilherme, tuba, Tiago, trompa, Francisco e Kelvin, trompete.
A história do choro tem relação muito próxima com as bandas de música, especialmente com a Banda do Corpo de Bombeiros, criada por Anacleto de Medeiros em 1896, uma espécie de escola para os músicos populares do Rio de Janeiro.
Ao final, em uma espécie de ritual que vem se repetindo, os chorões tocaram Carinhoso, de Pixinguinha, levando todos os presentes a cantar.
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