Semáforos fecham o trânsito por quase três minutos no trevo de Mury

Demora tem incomodado motoristas que trafegam pela RJ-116 e RJ-142
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
por Alerrandre Barros
O trevo da RJ-116 e RJ-142 possui um conjunto de cinco semáforos desde o ano passado (Foto: Henrique Pinheiro)
O trevo da RJ-116 e RJ-142 possui um conjunto de cinco semáforos desde o ano passado (Foto: Henrique Pinheiro)

O tempo que os semáforos permanecem fechados, impedindo a passagem de veículos no trevo de Mury, tem tirado a paciência de motoristas que passam pelo distrito de Nova Friburgo. O sinal vermelho dos equipamentos, que controlam o trânsito no trecho da RJ-116 e no início da RJ-142 (Estrada Serramar), tem causado congestionamentos extensos em horários de maior movimento e em feriados prolongados.   

Os cinco semáforos foram instalados no trevo em julho do ano passado a pedido de moradores, devido aos acidentes no local. Na manhã desta quinta-feira, 12, A VOZ DA SERRA esteve em Mury e cronometrou o tempo em que os semáforos permanecem abertos e fechados. 

Um motorista que veio do Centro esperou ao menos dois minutos e 50 segundos para seguir pela RJ-142, estrada que liga Nova Friburgo a Casimiro de Abreu. Quem vinha no sentido contrário ficou parado dois minutos e 20 segundos no sinal até poder seguir para o Centro ou para o distrito de Mury. Em ambos os sentidos, o sinal ficou verde por cerca de 30 segundos.

Já o motorista que passou pelo trevo trafegando pela RJ-116, via com maior fluxo de veículos, ficou parado ao menos um minuto e 15 segundos nos três semáforos que controlam o trânsito nos acessos ao Centro, ao distrito de Mury e a RJ-142. O sinal verde liberou o fluxo nesses sentidos por 58 segundos.

“É preciso regular a temporização dos semáforos”, disse o advogado Luiz Fernando Mendes, enquanto esperava o sinal abrir para seguir caminho pela RJ-142 até Macaé, no Norte fluminense. “A instalação dos sinais no trevo foi ótimo, pois ajuda a evitar acidentes e a organizar o trânsito, mas é preciso que os semáforos não bloqueiem o fluxo de veículos por muito tempo, se não causam congestionamentos”, observou ele. 

Foi o que aconteceu, por exemplo, na semana passada. Motoristas e passageiros enfrentaram cerca de dois quilômetros de retenção, no último dia 1º, na subida da Estrada Serramar, quando voltavam das festas de ano-novo. A secretária Cristina Rosado, de 56 anos, disse na ocasião que levou pelo menos uma hora a mais para concluir o percurso de Lumiar até o Bairro Ypu. 

“Notei que haviam pouquíssimos carros descendo, mas uma fila gigantesca subindo. Por que não colocaram um agente de trânsito liberando a passagem de carros no trevo, mesmo com o sinal fechado, através de uma ação organizada para evitar congestionamentos na Serramar?”, questionou ela.

“O ônibus estava lotado, tanto nos assentos disponíveis quanto de pessoas em pé. O motorista não estava conseguindo parar mais nos pontos de embarque, já que a quantidade de passageiros era grande. Havia pessoas passando mal de calor e cansaço”, contou a costureira Maria Braga, que vinha do distrito de São Pedro da Serra.

A Rota 116, concessionária que administra a RJ-116, no trecho de Itaboraí a Macuco, informou que a operação e a manutenção dos semáforos no trevo são responsabilidades da Prefeitura de Nova Friburgo, cabendo à empresa somente a instalação do sistema. “Vale ressaltar que a preferência de tráfego no local é da RJ-116 por ser o eixo rodoviário e por ter volume maior de tráfego”. 

A VOZ DA SERRA encaminhou as reclamações de motoristas e moradores para a Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu), mas até o fechamento desta edição a pasta não havia comentado o assunto.  

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