Os estoques das unidades de saúde pública estão sem algumas vacinas importantes para a proteção de doenças em crianças e adultos, em Nova Friburgo. A Coordenação de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde informou ontem, 21, que há quatro meses falta vacina contra a hepatite A na rede do município. Outras cinco imunizações estão em falta ou com a quantidade de doses insuficientes para um mês. A causa do problema seria a falta de repasses do Ministério da Saúde.
As unidades de saúde também estão sem a vacina DTP, também conhecida como Tríplice Bacteriana, usada para imunização de crianças contra difteria, tétano e coqueluche. No entanto, segundo a Coordenação de Imunização, ela está sendo substituída pela vacina pentavalente, que ainda está disponível na rede.
Falta também a vacina contra a hepatite B, que o bebê deve tomar a primeira dose ao nascer e também quando completar dois e seis meses de vida. Desde outubro, não há vacina contra a hepatite A em postos de saúde de Nova Friburgo. O estoque está sem a Tetraviral (sarampo, rubéola e caxumba) e a Varicela Monovalente (catapora) também.
Ontem, 21, o município recebeu somente um terço da quantidade necessária para o mês de fevereiro da vacina Dupla Adulto, que protege contra a difteria e o tétano. A primeira parte da vacinação é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. Mas, devido à quantidade insuficiente da vacina, está sendo priorizado, em Nova Friburgo, a aplicação em gestantes, nos postos de saúde, e, em casos de acidente, no Hospital Municipal Raul Sertã.
O município também não recebeu a quantidade suficiente da vacina antirrábica, e ainda falta o soro, que juntos são necessários para a proteção de quem foi mordido por animais que podem transmitir a raiva - como cachorros, gatos, morcegos e macacos. A pessoa atacada pelo animal tem que tomar o soro na hora e não pode esperar mais de uma semana para a primeira dose de vacina contra a doença. A raiva mata em quase 100% dos casos. O paciente tem febre, dores musculares, irritabilidade, dificuldades para comer e espasmos musculares.
A VOZ DA SERRA solicitou esclarecimentos ao Ministério da Saúde sobre a falta de vacinas na cidade, mas o órgão não respondeu o e-mail até o fechamento desta edição.
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