(SECOM) A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo aderiu ao projeto do Ministério da Saúde (MS) que disponibiliza preservativos a toda a população. O MS enviou para algumas unidades de saúde um equipamento chamado dispensador de preservativos. O objeto suspenso fica em um local de livre acesso aos usuários com a finalidade de aumentar o número de pessoas abastecidas com os contraceptivos.
Nova Friburgo já possui três unidades contempladas com o dispensador. São elas a Policlínica de Conselheiro Paulino, Cordoeira e o Posto do Suspiro, além, também, de estarem disponíveis no Hospital Raul Sertã e no Hospital Maternidade. Para Tereza Pollo, Coordenadora do Programa DST/Aids, o projeto está sendo muito importante para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. “Temos que facilitar o acesso aos preservativos à nossa população. O cadastro para a retirada das camisinhas nos postos ainda é muito burocrática. Quanto mais pessoas tiverem preservativos, mais sexo seguro e menos pessoas doentes”, diz Tereza.
O objetivo do projeto é acabar com os cadastros nos postos de saúde e aumentar a quantidade de preservativos por pessoa. Dona Iolanda Freitas, de 57 anos, gostou da ideia. “Já falei com meus filhos e com meus netos que eles precisam vir buscar no posto. Eles tinham vergonha de ficar preenchendo ficha e falando com outras pessoas que iam pegar as camisinhas. Agora é mais prático”, disse a cozinheira, que já é avó de 5 crianças.
Segundo Tereza Pollo, o projeto tem como meta entrar nas escolas públicas, como já acontece em alguns municípios. “Já temos projeto da implantação do dispensador de preservativos de duas escolas estaduais de Friburgo. A sexualidade, quase sempre, começa na adolescência e é preciso disponibilizar este material para eles”, diz a enfermeira.
Os postos ficam abertos de segunda a sexta durante todo o dia.
O que você pensa sobre o dispensador de preservativos?
Lucia Freitas Souza - 61 anos, dona de casa
“É preciso sim que as pessoas tenham acesso aos preservativos. Por causa de vergonha ou por não ter acesso acabam se colocando em risco”.
Fernanda Aguiar Ribeiro Souza - 20 anos, universitária
“Eu sou a favor. Tem umas pessoas que dizem que esta ação incentiva a promiscuidade. Eu acho que ela existirá independente de fornecer ou não a camisinha. Cada um faz o que acha correto para si.”
Antônio José da Silva - 49 anos, agricultor
“Não sei direito se isso é bom, mas acho que o governo tem que tentar fazer. Se der certo.”
Joana Carmem Sarad Campos - 44 anos, professora
“Eu acredito que é preciso ensinar sobre como se cuidar e orientar sobre a forma de se prevenir. Eu concordo com a ideia sim, apesar de achar que ainda precisa-se de muito debate a este respeito.”
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