Saúde - Diabetes: mais comodidade no controle diário da doença

Chega ao mercado agulha microfina para canetas de aplicação de insulina
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Os portadores do diabetes tipo 1 — que necessitam de doses diárias de insulina — já contam com mais um conforto na hora da aplicação subcutânea do hormônio: uma agulha microfina com apenas quatro milímetros de espessura, denominada “Ultrafine Nano”, que chega ao mercado com a finalidade de reduzir o mal-estar do paciente ao se autoaplicar a insulina com agulhas maiores, causando dores, desconforto e contratempos comuns aos diabéticos insulinodependentes, como a aplicação no músculo. A Ultrafine Nano dispensa ainda a utilização das pregas subcutâneas. A microagulha foi desenvolvida por uma empresa americana líder em tecnologia médica, a Becton Dickinson and Company, que fabrica e comercializa dispositivos médicos.

A direção da empresa destaca que a Ultrafine Nano tem o tamanho ideal para o diabético insulinodependente não sentir dor na picada da agulha e aplicar a medicação no tecido sob a pele e acima do músculo, sem causar dor ou vermelhidões. O desenvolvimento da microagulha desbanca a tese que muitos diabéticos têm de que o tamanho da agulha para aplicação da insulina deve ser proporcional ao peso do paciente. Um estudo recente desenvolvido pela empresa americana concluiu que a pele tem no máximo 3,2 milímetros de espessura, independente do paciente ser gordo ou magro. Sendo assim, não há necessidade de os diabéticos utilizarem agulhas de tamanhos e espessuras diferentes de acordo com seu peso.

As agulhas Ultrafine Nano 4 mm já estão disponíveis em Nova Friburgo nas drogarias especializadas em produtos destinados aos pacientes diabéticos que utilizam insulina e custam em média R$ 0,80 a unidade.

O que é diabetes

Atualmente, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes (FID) há 285 milhões de portadores da doença em todo o mundo, sendo o Brasil o quinto colocado no ranking. Diabetes é uma disfunção do metabolismo que faz com que a glicose não seja devidamente aproveitada pelo corpo para a produção de energia. Isso acontece quando não há produção de um hormônio denominado insulina, ou quando sua produção pelo pâncreas é insuficiente. Nesse caso, as células não respondem de maneira adequada à insulina produzida, permitindo que a glicose do sangue vá direto para a urina sem que o corpo se aproveite dela, aumentando automaticamente a glicemia.

Os diabéticos do tipo 2 acomete mais de 90% dos pacientes e está diretamente associado à velhice, obesidade, genética, sedentarismo e diabetes gestacional. Seu tratamento inadequado pode gerar complicações futuras como doenças cardiovasculares. Vale lembrar que além do controle da doença com medicamentos e acompanhamento de um endocrinologista, deve-se associar atividades físicas ao tratamento, podendo-se assim ter uma vida saudável mesmo com diabetes, doença que está entre as cinco maiores causas de morte no mundo.

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