Segurando o público até quase 6h de segunda-feira, 23, um verdadeiro foguetório anunciou a entrada da Unidos da Saudade na passarela do samba. A agremiação do Bairro Ypu venceu os contratempos, com as avarias de carros alegóricos entre o barracão e a passarela, e trouxe o enredo Terra: Templo da natureza, berço da evolução, dos carnavalescos Roberto Abreu e Izimar Dalboni Cunha, que mostraram com muito luxo e requinte o mistério do mundo terrestre, destacando que do azul dos mares brotou a vida e das águas profundas a separação da terra e do mar. O ritmo forte da bateria deu o tom na letra do samba de Bruno da Ilha e Nêgo Roger, interpretado por Evandro Malandro, Marcinho, Jefinho, Paulinho Guaraná e Alex Sabor, com Vilmar de Lima e Paulo Victor no cavaquinho.
Na comissão de frente a bonita coreografia Hippcampus representou os seres marinhos, que rumam ao mar aberto para salvar o deus Netuno, o senhor dos sete mares. As águas ganharam vida com efeitos especiais no abre-alas O esplendor das águas, seguido das baianas da Saudade, que representaram as águas de Netuno. A ala Flores do Bairro Ypu representaram a beleza do berço da roxo-e-branco. Na bateria, outra inovação: os integrantes vieram trajados de soldados do exército, ambientalistas guardiões da natureza, puxando o colorido e exuberante carro Terra.
A terceira parte do desfile exaltou as asas da liberdade e as maravilhas do ar, com os passistas trajados de borboletas reais, os pássaros e as crianças oncinhas, com destaque para o casal de mestre-sala e porta-bandeira mirim, Bryan e Suelaine. O Planeta Vida também ganhou destaque no show da Saudade na avenida, com a ala da comunidade, o sol e o homem que cria e destrói. O quarto carro simbolizou a união dos continentes, com a saudação da velha-guarda.
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