“Salve Sergio” - Aimée Madureira estreia sua Rayanne sábado em horário nobre

quarta-feira, 24 de outubro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
“Salve Sergio” - Aimée Madureira estreia sua Rayanne sábado em horário nobre
“Salve Sergio” - Aimée Madureira estreia sua Rayanne sábado em horário nobre

Das participações iniciais em “Era uma Vez”, sucesso de 1998 no horário das 18h, passando pela dócil Paloma e seu “par romântico” com o também ator mirim Pedro Malta (Gabriel), em Kubanacan (2004), bem como outras atuações, incluindo a Aimée (O Clone) e Edith (Amor e Revolução), a atriz friburguense Aimée Ubaker Madureira sempre teve sua carreira artística incentivada pelo pai, o então produtor de TV Sergio Madureira Campos (falecido em março de 2011).

Na novela “Salve Jorge”—às 21 horas na Rede Globo—Aimée Madureira encara o desafio de dar vida à Rayanne, amiga de Lurdinha (interpretada pela atriz Bruna Markezine). A trama de Glória Perez estreou na segunda-feira, 22, mas a personagem da jovem e bela atriz friburguense estará na telinha a partir deste sábado, 27, “poderosa e toda trabalhada no glamour”,  conta a própria Aimée.

Nesta entrevista, ela se emocionou ao lembrar o pai, a quem atribui, ainda hoje, sua atuação na televisão: “Estou trabalhando graças ao meu pai. Ele não me ensinou só a trabalhar na TV. Aprendi e conheci tudo com ele; faço questão de repetir isso sempre”, afirma convicta.

Então, Salve Jorge. E também Salve Sergio, por seu legado à televisão brasileira: mais essa promessa de talento, genuinamente friburguense.

Girlan Guilland - Quem é Aimée Ubaker Madureira?

Aimée Madureira - Aimée Madureira é amor, é família, amizade, trabalho... E admito que um pouco solitária; gosto de meu espaço, meu silêncio, para sorrir comigo mesma, ou chorar se for preciso. Acho que é isso. Ahhh... e amo, amo, amo chocolate! (risos)

G - E quem é Rayanne, sua personagem a partir desta semana?

A - Humm... Rayanne (risos), ela é uma “periguete”. Ela é uma moradora do Complexo do Alemão, amiga da Lurdinha, personagem da Bruna Marquezine; ela adora dançar funk e não tem medo de usar e abusar das roupas curtas. De muita atitude, Rayanne é poderosa, toda trabalhada no glamour (risos).

G - O que Aimée teria de Rayanne ou vice-versa? Ou não tem nada?

A - Somos totalmente diferentes. Está sendo um desafio muito grande trabalhar nela. Gosto de shortinhos curtos e tal, mas depois que fiz a prova de roupa percebi que meus shorts são até longos perto dos dela (risos). Sempre com as pernas de fora, e não está nem aí para o que os outros pensam. Gosto muito disso nela, autoestima lá em cima.

G - Como foi seu ingresso no meio artístico? Você começou cedo...

A - Comecei fazendo participações em “Era uma Vez” e, lógico, sempre acompanhava meu pai em todas as gravações possíveis, de todas as novelas. Fiz no “Clone” uma amiga da Radyja, filha da Jade; a Glória adorou meu nome e colocou o nome da minha personagem de Aimée mesmo. Depois fiz “Kubanacan”, como Paloma, namorada de Gabriel, personagem do Pedro Malta. Fiz um curta-metragem, “O Rapto das Cebolinhas”, com direção de Antonio Carlos Fontoura, gravado em Nova Friburgo; mais tarde fiz “Amor e Revolução”, como Edith e, agora, a Rayanne, em “Salve Jorge”.

G - Apesar de não ser uma estreante, nem ser novidade para você atuar em televisão, quais são as expectativas para viver Rayanne, esse novo desafio?

A - Muitas, nossa! Tive que malhar mais, fechar a boca, mas sou muito ansiosa e, às vezes, desconto com “saidinhas” da dieta. E, além disso, estou com meu cortisol alto, e isso engorda... Tudo o que nem a Rayanne, nem a Aimée querem e podem. O que está sendo um mega desafio: manter o corpo para a Rayanne ficar bem na telinha. E continuo aprendendo, sempre. “Salve Jorge” está cheia de profissionais que vão me ensinar muito, com certeza. E eu quero mesmo é aprender.

G - Fale de outros trabalhos e atuações... Que personagem te marcou?

A - Tenho lembrado muito da Paloma, de “Kubanacan”; gravei muito com a brilhante Adriana Esteves, que parou o Brasil como Carminha, de “Avenida Brasil”. Uma época deliciosa, papai produzia a novela; amava ficar lá, aprendi muito também.

G - De qualquer forma, você esteve afastada da TV, mesmo lembrando sua passagem por “Amor e Revolução”. Como está se sentindo agora neste retorno à Globo, em horário nobre?

A - A responsabilidade é enorme, né? E lá vem a ansiedade de novo (risos). Fico com muito medo de errar, de não ficar legal; mas seja o que Deus quiser. Estou trabalhando duro para seguir minha carreira, quero que a Rayanne cresça e apareça. Para muitos outros personagens surgirem no futuro.

G - A novela “Salva Jorge” sucede um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira, verdadeiro fenômeno, que foi “Avenida Brasil”. Apesar do reconhecido talento da autora Gloria Perez, há aí uma enorme responsabilidade em atender às expectativas do público e da crítica. O que você acha disso?

A - Que “responsa”, né? “Avenida Brasil” parou todo mundo. João Emanuel Carneiro fez uma história magnífica e diferente; contou com um elenco incrível! Foi realmente uma novela fantástica. Mas a Glória também sabe fazer novelas como ninguém. Contamos com um elenco de 92 personagens, a Turquia, o Complexo do Alemão, uma história fortíssima de tráfico humano e assim como “Avenida Brasil”, “Salve Jorge” também tem muito amor e alegria. Vai ser sucesso. Com certeza!

G - Alguns amigos afirmam que você estava em um relacionamento com o Matheus, filho do cantor da banda Celebrare? Inclusive há uma foto de vocês juntos, numa festa.

A - Então... Conheci o Marco e a Sylvia, cantores do “Celebrare”, em janeiro, quando estive no Spa Maria bonita e, de fato, o Marco me apresentou o Matheus, pouco tempo depois do Spa, quando fui morar no Rio. Nos tornamos bons amigos e tenho um carinho enorme por ele, assim como pelos irmãos dele e toda a família. E essa foto foi num evento em que o Matheus me acompanhou. Mas não estamos namorando.

G - Conte-nos um pouco mais sobre Rayanne. Como foi compor a personagem? Que tipo de preparação você teve que fazer? Aprendeu a dançar funk ou já sabia? Você buscou inspiração em alguém?

A - Nossa! Nunca tinha dançado funk na vida! Aprendi agora com as aulas que tive no Projac e na academia Rio Sport Recreio. Meu personal Rafael Lund também me ajudou para as pernas ficarem mais torneadas e aguentar o “posto” de periguete. Não é fácil. Assisti a mil e um vídeos de funks para, não só aprender o jeito de dançar, mas de falar também.

G - E a novela em si... Como sempre a Glória propõe um tema instigante: tráfico humano com ambientações na Turquia e no Complexo do Alemão. Como está sendo para você o convívio com esse universo em uma comunidade carioca?

A - Jamais pensei que fosse subir no Complexo do Alemão. Já gravei lá. E todos foram super queridos. O bondinho é lindo. E a vista? Nem se fala! Estou amando poder fazer parte desse mundo. Abre nossos olhos para muitas coisas que não podemos ver sem estar perto. O complexo merece ser visitado. Eu recomendo!

G - Falamos em São Jorge... Seu pai (Sergio Madureira) foi um guerreiro, um exemplo de perseverança. Sua história é quase enredo de novela: seu papel principal na vida foi o de quem sonhou e venceu. Parece-nos que ele sempre almejou a carreira artística para você (e também para seu irmão Luã, que chegou a atuar pela primeira vez aos três meses de idade). Até que ponto isso influenciou na sua decisão de optar pela carreira artística?

A - Influenciou em TUDO. Estou trabalhando hoje graças ao meu pai. Tudo que tenho é por causa dele. Aprendi e conheci tudo com ele, faço questão de repetir isso sempre. Meu pai não me ensinou só a trabalhar na TV. Mas me ensinou tudo da vida. Ser honesta, trabalhadora, humilde... Isso sim faz uma pessoa. E não fama, dinheiro e poder. O ser humano é muito mais que isso! 

G - E com relação aos atores e atrizes? Você já conhecia boa parte deles... Por sinal, a autora, como sempre faz em suas tramas, reuniu um elenco de grandes estrelas. Para você também é uma grande experiência essa?

A - Já conhecia a maioria deles. Mas era criança, ninguém lembrava muito de mim. A Glória me reapresentou a todos. E lógico, vou aprender muito com eles, com a produção, direção, sempre temos mais e mais para absorver. Ainda mais com tanta gente experiente.

G - E agora pensando um pouco no futuro. Além da novela, quais são seus planos?

A - Estou na novela e pretendo começar uma peça com o ator Elcio Monteze, que atuou comigo em “Amor e Revolução”; estamos estudando os textos. Mas terei mais detalhes para divulgar em breve. E estou iniciando uma parceria com a dupla sertaneja: Ronny e Felipe. Recebi o convite do empresário deles, Tony San, para apresentar os shows deles pelo Brasil. Estou muito feliz com esse convite. É uma dupla incrível! Eu já gostava de sertanejo, agora então com o Ronny e Felipe, virei fã de carteirinha.

G - E para fechar, não poderia deixar de citar seu pai novamente: ele chegou ao auge da carreira como produtor executivo numa das maiores emissoras do mundo, e nunca abandonou suas raízes; sempre manteve por Nova Friburgo, sua gente, suas coisas mais simples, um amor filial. E você parece disposta a manter esse vínculo, certo? Inclusive, na última eleição você trabalhou como mesária pela primeira vez...

AM - Continuo com a campanha “Ame Nova Friburgo”. Faço questão de manter o vínculo com a minha cidade. Honestamente, às vezes não entendia a paixão do meu pai por Nova Friburgo, até eu mesmo sentir Nova Friburgo: andar na praça Getúlio Vargas, vendo as crianças se sujarem de sorvete, os cachorros correndo; as borboletas coloridas e os passarinhos cantando. E à noite sair para saborear alguma especialidade da gastronomia alemã, suíça ou libanesa... É ou não é uma delícia? Uma paz. Tranquilidade! Eu amo Nova Friburgo. Faço questão de estar aqui sempre. Assim como meu pai fazia. Aliás, me sinto ele, subindo e descendo a Serra só para aproveitar, ainda que sejam umas horinhas com a família e nesta amada cidade.

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