O pagamento dos salários dos ex-funcionários da LMFaz Serviços e Terceirização, empresa que prestava serviços de limpeza, manutenção e portaria na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no distrito de Conselheiro Paulino, vai atrasar, pelo menos, mais uma semana. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a reunião marcada para tratar do assunto não aconteceu ontem, 15, de manhã, porque o representante da empresa carioca teve um problema de saúde e não veio a Nova Friburgo. “Desta maneira, a Prefeitura determinou que a reunião aconteça no máximo até a semana que vem”, informa a nota.
Na última quinta-feira, 10, A VOZ DA SERRA noticiou o transtorno enfrentado pelos ex-funcionários terceirizados da LMFaz que foram avisados da demissão em julho, mas ainda não conseguiram rescindir o contrato de trabalho e receber os salários que estão atrasados a cerca de dois meses. Segundo o ex-porteiro Wellington Serafim, das 32 pessoas que trabalhavam para a empresa e foram demitidas, mais da metade foi reaproveitada por outras três empresas que prestam serviço na UPA para a administradora Instituto Unir Saúde.
“Nós fomos avisados que seríamos demitidos no último dia 17 de julho. Cumprimos o aviso prévio e a empresa faria a rescisão no dia 17 agosto, mas isso não aconteceu. A LMFaz alega que não recebeu o pagamento do Instituto Unir, que administra a UPA. Por outro lado, a Unir afirma que pagou a LMFaz. Está um jogo de empurra e a gente fica no meio, com as contas atrasadas e o nome indo parar no SPC”, contou o ex-porteiro. Ex-funcionários ainda afirmam que o pagamento de julho foi creditado com valores errados e reivindicam dois meses e meio de vale-transporte e alimentação que não foram pagos pela empresa. “Essa não é a primeira vez que a LMFaz não cumpre os compromissos. Uma vez ficamos mais de 20 dias sem receber salário”, disse Wellington.
A prefeitura reiterou ontem que fez o repasse das verbas para a Unir e que atua fiscalizando a administração da UPA e, neste caso específico, como conciliadora do conflito entre as duas empresas. “Este assunto será discutido administrativamente. A Prefeitura está em dia com as obrigações contratuais, além de estar pagando a parte do estado desde fevereiro. O Instituto Unir Saúde possui contrato de gestão plena na administração da UPA e já comprovou o pagamento à LMFaz”, informou a Prefeitura através de nota. Apesar do impasse, o atendimento da unidade de saúde de Conselheiro Paulino não foi afetado.
Pelo telefone, o sócio diretor da LMFaz, Carlo Frederico Santos, não esclareceu o motivo do atraso nas rescisões e no pagamento dos salários dos funcionários. “O posicionamento da empresa sobre o assunto foi passado aos funcionários”, disse. No final da tarde de ontem, o ex-porteiro Wellington Serafim contou que a reunião foi marcada para a próxima segunda-feira, 21, e que a rescisão deve ser feita no dia seguinte.
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