Saiba a diferença entre febre chikungunya e dengue

domingo, 22 de março de 2015
por Jornal A Voz da Serra

Geralmente confundida com a dengue devido aos sintomas semelhantes, a febre chikungunya ainda é pouco conhecida da maioria dos brasileiros. A doença, que é causada por um arbovírus e teve seu primeiro registro em 1952 na África, vem se proliferando por países da América Latina e é transmitida pela picada do mosquito Aedes albopictus.

A febre alta repentina é o principal sintoma que acomete as pessoas infectadas pela doença, que também provoca dor de cabeça, dores musculares, manchas pelo corpo, conjuntivite, náuseas e vômitos além de dores articulares debilitantes (poliartrite). Este último sintoma, segundo os infectologistas, é o que mais diferencia a febre chikungunya da dengue. As fortes dores articulares atingem principalmente as mãos e os pés e podem persistir por meses ou anos. Entretanto, raramente há casos de complicações ou mortes segundo os especialistas. 

Vale destacar que o diagnóstico da febre chikungunya se dá pela suspeita clínica e exames de sangue como sorologias, cultura viral ou RT PCR. O tratamento da doença é sintomático, já que não há medicação específica para o vírus, apenas para os sintomas que são tratados com paracetamol e anti-inflamatórios. Os pacientes são orientados a repousar, se alimentar e se hidratar bem para melhorar a imunidade durante o ciclo do vírus. 

Quanto à prevenção da chikungunya, a orientação é manter os mesmos cuidados para com a dengue, como a eliminação de água parada. O período de incubação do vírus leva de dois a dez dias, sem o risco de evoluir para um quadro hemorrágico, como pode ocorrer com a dengue. Sua letalidade, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, é rara.

Os primeiros casos de febre chikungunya no Brasil foram registrados em 2010 em pessoas que contraíram a doença no exterior. Desde então, o Ministério da Saúde passou a acompanhar e monitorar continuamente a situação do vírus causador da febre chikungunya, intensificando as atividades de vigilância; o treinamento de profissionais; e a preparação de laboratórios de referência para diagnósticos da doença.


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TAGS: Chikungunya | Dengue | saúde
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