Rui Sanglard: PM prende dois em boca de fumo próximo a creche municipal

quinta-feira, 07 de julho de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Um dos jovens confessou que receberia R$ 100 do tráfico para vender crack, cocaína e maconha. Drogas eram escondidas em galhos de árvore e na cueca de um dos detidos

Graças à denúncia de um homem desconhecido que avistou a viatura do Patrulhamento Tático Motorizado (Patamo 2) do 11º BPM circulando no fim da tarde de terça-feira, 6, pela Avenida Nossa Senhora do Amparo, e avisou os policiais sobre a atuação do tráfico no Rui Sanglard, uma boca de fumo que funcionava próximo à creche municipal Izabel Jovelina Monteiro foi desarticulada. Na operação foram presos em flagrante Bruno Rego da Silva Felício, 21 anos, e o servente de pedreiro Rodrigo da Silva Moura, 22 anos, e apreendidos pelos menos dez pedras de crack em sacolés com a inscrição “Pânico – Crack de R$ 10”, além da esfinge de uma caveira, cinco papelotes de cocaína com a inscrição “Trem Bala – Pó de R$ 10 do Comando Vermelho”, e ainda 16 trouxinhas de maconha.

Parte da droga foi recolhida em sacolas plásticas junto a folhagens secas de uma árvore. Três sacolés de cocaína e R$ 54, provavelmente apurados com a venda de drogas, estavam na cueca de Rodrigo. Os dois jovens flagrados pela PM ainda intimidavam crianças e moradores com venda de drogas à luz do dia. A dupla foi surpreendida pela equipe integrada pelo sargento Cláudio Pará, o cabo Demani e os soldados Labre e Severo, quando vendia drogas para um grupo de rapazes, que conseguiu fugir correndo.

Assim que receberam a informação anônima, os policiais militares subiram o Rui Sanglard a pé e se posicionaram numa mata, onde permaneceram em tocaia, observando a movimentação da boca de fumo por cerca de 40 minutos, quando reconheceram a dupla pelas informações passadas na denúncia: Bruno vestia camisa vermelha e bermuda branca; Rodrigo usava calça jeans, casaco cinza com capuz e boné preto.

Ainda no Rui Sanglard, Bruno disse aos policiais do 11º BPM que pegou uma “carga” de drogas para revenda de um homem negro e desconhecido, em troca do pagamento das despesas iniciais pela emissão de sua carteira de motorista. Na 151ª DP, porém, Bruno não quis prestar depoimento ao delegado titular, Luís Cláudio Cruz, alegando que só fará declarações à Justiça. Rodrigo disse que também recebia as drogas de um desconhecido e que pela venda de 54 papelotes de pó, a R$ 10, cada, receberia R$ 100. O jovem disse também ao delegado que só venderia drogas na terça-feira porque estava com dificuldades financeiras e negou que as demais drogas apreendidas na operação fossem suas. Bruno e Rodrigo foram recolhidos à carceragem da Polinter, anexa à delegacia, e transferidos ontem, 6, para presídios no Rio de Janeiro.

No Cordoeira, nove pedras de crack

são apreendidas em flagrante da PMJovem foi preso quando entregava droga à cliente que pagou com cordão prateado

Ainda na segunda-feira, 6, por volta das 22h40, policiais do 11º BPM recolheram nove pedras de crack numa casa da Rua Edith Pinheiro de Faria, no Cordoeira, que funcionava como boca de fumo. O servente de pedreiro Jonatan Matos Mafort, 20 anos, foi preso em flagrante após a equipe, liderada pelo sargento Deusedino e o soldado Deruci, do Patamo 1, ter permanecido em tocaia numa mata próxima ao imóvel, observando a movimentação de usuários que compravam entorpecentes com Jonatan. A operação foi desencadeada a partir de denúncia anônima.

Quando um viciado de 23 anos chegou à casa e ofereceu um cordão prateado a Jonatan, em troca de uma pedra de crack, os policiais militares promoveram a abordagem, rendendo Jonatan e o cliente com a pedra da droga ainda nas mãos. Jonatan estava com mais oito pedras de crack com a inscrição “RC – FGB – Crack de R$ 10”, apreendidas na ocasião. Na delegacia foi constatado que ele já havia sido preso outras duas vezes por roubo.

Jonatan não prestou depoimento ao delegado Luís Cláudio Cruz, alegando que só fará declarações em juízo. O usuário foi qualificado e liberado em seguida, mediante termo de compromisso para se apresentar ao Juizado Especial Criminal de Nova Friburgo (Jecrim).

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